A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou nesta terça-feira (28) balanço da operação Égide comparando com 2018 e 2019. A corporação só deixa de lado os dados referentes ao ano de 2020, considerado atípico em razão da pandemia do novo coronavírus. Em São Gonçalo, os dados apresentaram queda de quase à metade nos últimos dois anos.
Na BR-101 (Niterói-Manilha), de acordo com os dados, roubo de cargas e de veículos tiveram queda de 25,3% no período de janeiro a dezembro de 2019 comparado com o mesmo período deste ano. Foram 360 ocorrências em 2021, contra 482 em 2019. O dados caem ainda mais quando comparados com 2018, ano anterior, quando foram registrados 713 ocorrências do tipo, ou quase 50% de redução.
Segundo a PRF, os números demonstram a eficácia das estratégias do órgão no combate à criminalidade nas rodovias nas federais fluminenses. Para esse balanço operacional, contabilizaram-se dados das principais rodovias do estado do Rio de Janeiro, entre os anos de 2019 e 2021, de acordo com o levantamento do Instituto de Segurança Pública, ISP-RJ, que realiza o acompanhamento dos números para estatística criminal do estado.
Arco Metropolitano (BR-493)
No Arco Metropolitano, trecho compreendido entre Itaguaí e Magé, era apontado como o principal alvo de criminosos. Considerando os crimes de roubo de carga, roubo de carros e roubo em coletivos, os dados revelam quedas sucessivas naquela região. Em 2019, foram 522 ações criminosas contra 422 no ano de 2020, isso mostra uma redução de aproximadamente 20%. No ano de 2021, foram 290 ataques criminosos que, se comparados a 2020, contabiliza uma queda de quase 38%. Se comparado a 2019, essa queda é ainda maior 44,4%.
A PRF espera que os dados caiam ainda mais no local depois da chegada de uma estrutura física da PRF (Unidade Operacional) até meados do ano de 2022.
O policiamento no Arco Metropolitano (BR-493) é realizado pela PRF segundo um plano de combate não só a assaltos em coletivos, veículos e carga, como também a entrada de ilícitos (em especial drogas, armas e munições). Todo planejamento realizado pela PRF envolve uma análise dos principais pontos críticos da via com mapeamento dos horários e locais de maior incidência de crimes (mancha criminal). Posteriormente é formulado um plano de enfrentamento a esses ilícitos com a integração do policiamento ostensivo, estático e móvel, e também uma integração mais efetiva envolvendo as forças de segurança parceiras para mapear as áreas sensíveis, bem como quadrilhas e veículos suspeitos.
Os números de 2021 demonstram diminuição em relação ao mesmo período de 2019, e maior redução em relação ao ano de 2018. As ações assertivas da PRF também contam com a integração de outras forças policiais, como a PMERJ (em pontos de apoio) ao longo da via, e da PCERJ (no levantamento de dados e investigação de criminosos que atuam naquela região).
Câmeras
A PRF realiza o monitoramento de todas as rodovias federais através das suas centrais de Comando e Controle, estaduais e nacional, com câmeras, rádios e telefones disponíveis. Estas ferramentas permitem acompanhar, em tempo real, as ocorrências relevantes, com segurança, precisão e velocidade para que a tomada de decisão seja a mais eficiente e acertada possível.
A unidade funciona de forma ininterrupta, prestando todo o auxílio necessário para garantir a segurança pública e a mobilidade no Brasil. A gestão está baseada em consciência situacional, que se apoia em tecnologia, protocolos, capacidade operacional de gestão da informação e conhecimento, otimizando processos de preparação e fornecendo resposta a incidentes.
Além disso, as ligações feitas para 191 são atendidas diretamente por uma pessoa, sem qualquer interlocutor digital. É um canal que preza pela agilidade e está disponível para qualquer cidadão fazer denúncias ou passar informações.
Operação Égide
Além de toda estrutura operacional, a PRF atua concomitantemente com a Operação Égide, iniciada em 1º de outubro de 2021, que faz parte do planejamento institucional na repressão ao crime nas rodovias federais. A operação foi desencadeada após análise e mapeamento dos principais pontos críticos do país. As ações têm como principal objetivo o combate ao roubo de cargas, veículos e coletivos e também ao tráfico de drogas e armas nas rodovias federais fluminenses.
Balanço anual
Quanto ao ano de 2021, até o dia 29 de dezembro, tivemos números recordes de flagrantes, mais de 2.960 pessoas detidas, cerca de oito pessoas por dia. Aproximadamente 1.200 carros recuperados de roubo ou furto. Quase 13 toneladas de maconha, cerca de duas toneladas de cocaína, além de quantidades expressivas de crack, haxixe, lança-perfume, anfetaminas e skunk apreendidos. Ao todo, foram 182 armas de fogo de diversos calibres e quase 6.500 munições apreendidas, além de tirar de circulação de mais de 1 milhão de maços de cigarro contrabandeados. Também foi apreendido cerca de R$1,6 milhão sem procedência. Com essas apreensões, a PRF causou um prejuízo milionário aos narcotraficantes.
Essas ações se devem a atividades coordenadas e planejadas por inteligência policial, o que otimiza os resultados e diminui os efeitos colaterais junto à sociedade.
Por fim, informamos que a PRF está à disposição do cidadão fluminense e que relatos e denúncias de crimes são incluídos nas nossas análises para melhoria do policiamento nas rodovias federais do estado.
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