Crime

Sargento da PM é preso em operação contra jogo do bicho no Rio

Até o momento, já são 10 alvos presos, diz o MP

Agentes da Corregedoria da Polícia Penal estiveram na 42ª DP (Recreio) para acompanhar a prisão de Mizinho
Agentes da Corregedoria da Polícia Penal estiveram na 42ª DP (Recreio) para acompanhar a prisão de Mizinho |  Foto: Marcelo Tavares
 

Foi preso nesta terça-feira (29) o sargento da Polícia Militar Alexandre Ribeiro da Silva, conhecido como Ribeiro. Isso aconteceu durante operação realizada pelo Ministério Público do Rio. Os agentes apreenderam euros na casa de Alexandre.

Além dele, o policial penal Altamir Sena de Oliveira, conhecido como Mizinho, também foi preso na ação. Segundo as investigações, Mizinho era um dos responsáveis pela exploração do jogo do bicho na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Agentes da Corregedoria da Polícia Penal estiveram na 42ª DP (Recreio) para acompanhar a prisão de Mizinho.

Equipes do MP continuam nas ruas nesta terça (29) a fim de prender o contraventor e ex-presidente da escola de samba Unidos de Vila Isabel Bernardo Bello Pimentel Barbosa, acusado de participar de um esquema de jogo de azar. A operação acontece em diferentes locais do Rio e já tem 10 presos, segundo o Ministério Público.

Acusado de ser o mentor intelectual da morte do contraventor Alcebíades Paes Garcia, o Bid, um dos chefes do jogo do bicho no Rio, Bernardo Bello chegou a ser preso no início deste ano em Bogotá, na Colômbia, quando voltava de Dubai, nos Emirados Árabes.

Na época, o nome dele chegou a ser inserido na difusão vermelha da Interpol como um fugitivo procurado e era classificado como “perigoso” e “violento”. Agora, ele volta a ser considerado como foragido, já que ainda não foi localizado na operação de hoje.

Os agentes do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) têm o objetivo de cumprir 26 mandados de prisão e 58 de busca e apreensão.

O coronel Rogério Figueiredo de Lacerda, ex-secretário estadual da Polícia Militar, foi um dos alvos de busca e apreensão.

Procurada, a Secretaria de Estado de Polícia Militar disse que não compactua com desvios de conduta e cometimento de crimes praticados por seus integrantes, punindo com rigor os envolvidos. 

"Na manhã desta terça-feira (29), equipes da Corregedoria da Corporação participam efetivamente de uma ação realizada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para os cumprimentos de mandados de busca, apreensão e prisão".     

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) também afirmou que repudia todo desvio de conduta, não compactuando com nenhum deles.

"A secretaria informa que vai acompanhar o andamento das investigações para tomar as medidas cabíveis em relação ao servidor [policial penal Altamir], que será mantido afastado até final do processo".

Segundo o Ministério Público, a investigação foi instaurada para apurar, inicialmente, crimes praticados por contraventores que exploram jogos de azar, após notícia-crime sobre bingo clandestino que funcionava em Copacabana, na Zona Sul do Rio, com a permissão de policiais militares.

No curso da investigação, foi identificado o responsável por confeccionar as cartelas para diversos bingos ilegais explorados por várias organizações criminosas no Rio, inclusive o de Copacabana. 

Ainda segundo o MP, essas organizações, para viabilizar, potencializar e assegurar as vantagens financeiras, utilizam de diferentes modos para fraudar os resultados dos jogos, corrompem policiais militares, e valem-se de violência para a conquista de território.

No curso da investigação foram identificados três núcleos de organização criminosa (Olímpico; Cascadura e Saens Pena), permitindo-se o oferecimento de três denúncias.

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