Angústia

'Sem pista', diz esposa de morador de SG um mês após sumiço

Leonardo Bastos foi visto pela última vez no Centro do Rio

Leonardo é pai de dois meninos, um de 9 anos e outro de 7
Leonardo é pai de dois meninos, um de 9 anos e outro de 7 |  Foto: Arquivo Pessoal
 

"Ele falou que estava saindo do trabalho, depois, que estava pegando o ônibus, e o Leo não chegou em casa até agora". Essas são as palavras de Luana Laurente, de 37 anos, esposa de Leonardo da Silva Bastos, de 41 anos, que completa um mês desaparecido nesta sexta-feira (6). 

Morador de São Gonçalo, Leonardo trabalha como reparador de manutenção em uma empresa terceirizada da Petrobras. Segundo a esposa, com quem é casado há 20 anos, as investigações ainda não apontam nenhuma resposta para o mistério. Ele foi visto pela última vez embarcando em um ônibus da Zona Sul, seguindo para o Centro do Rio. 

"Já faz um mês que ele saiu para trabalhar e não voltou mais. Então, assim, você acaba ficando sem resposta nenhuma, sem pista nenhuma, está muito complicada essa situação. A Polícia disse que está em andamento as investigações, mas não teve nenhuma novidade", conta. 

Leonardo é pai de dois meninos, um de 9 anos e outro de 7. Segundo Luana, as crianças perguntam todos os dias onde o pai está. 

Eu sempre dou respostas positivas, que o pai vai voltar, que a gente vai voltar a ser uma família como sempre fomos Luana Laurente, esposa
  

Os familiares já fizeram buscas em diferentes hospitais, delegacias e IMLs de São Gonçalo, Niterói e Rio. Eles conseguiram descobrir que Leonardo estava no Bar Beco do Chopp, na Central do Brasil, mas deixou o local após efetuar o pagamento de uma bebida.

"Fazer o que ele fez, de ficar fora de casa, nunca [aconteceu]. A angústia é muito grande, a gente sabe que não tem só o caso do Leo, tem vários, mas a gente queria uma pista, uma resposta para poder dar uma acalmada no coração de todo mundo", finaliza.

O que se sabe até agora

Morador de São Gonçalo, Leonardo trabalha como reparador de manutenção em uma empresa terceirizada da Petrobras
Morador de São Gonçalo, Leonardo trabalha como reparador de manutenção em uma empresa terceirizada da Petrobras |  Foto: Arquivo Pessoal
  

Segundo o sobrinho da vítima, Rennan Laurente, de 32 anos, Leonardo fez o seguinte trajeto:

- 16h54 (quarta), Leonardo sai do trabalho, no Centro do Rio, e manda uma mensagem para a tia avisando que tinha recebido o salário e iria ao banco sacar dinheiro para comprar uma resistência de chuveiro. 

- 17h50 (quarta), ele envia uma mensagem avisando que comprou a resistência e que a bateria do celular estava acabando. No mesmo horário, ele envia uma foto para um amigo, tomando uma cerveja em um quiosque na Central do Brasil. Na legenda, escreve: 'Carreira solo'.

- 1h29 (quinta), Leonardo pega o ônibus 309, que faz o percurso Central - Alvorada, passando por Botafogo. A família não sabe em qual local ele desembarcou.

- 5h25 (quinta), Leonardo pega primeiro o ônibus 232 Praça XV - Lins, e às 6h o 292, Engenho da Rainha - Castelo. Segundo Rennan, eles tiveram acesso a fotos dele embarcando sozinho nas duas conduções. 

 O último registro do cartão de passagem de Leonardo é às 6h31 do dia 7 de setembro, feriado, quando ele entra nas Barcas, no sentido Niterói. A partir daí, não há mais pistas do que possa ter acontecido com ele e nem imagens que comprove que ele entrou nas barcas e atravessou a Baía.

Os familiares foram até a empresa onde ele trabalha e foram informados que ele trabalhou normalmente na quarta passada e saiu no final do expediente. 

Em nota, a Polícia Civil informou que a investigação está em andamento pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) e as buscas continuam para localizá-lo.

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