Zona Oeste
'Sem prazo para acabar', diz Castro sobre ocupação em comunidades
Até 11h30 desta segunda, 20 pessoas haviam sido presas
O governador Cláudio Castro afirmou, nesta segunda-feira (15), durante uma coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro do Rio, que a ação estruturada nas comunidades da Zona Oeste da cidade não tem previsão para acabar.
No total, 10 comunidades são alvo dos agentes de segurança: Cidade de Deus, Gardênia Azul, Rio das Pedras, Morro do Branco, Fontela, Muzema, Tijuquinha, Sítio do Pai João, Terreiro e César Maia. A ação teve início na manhã desta segunda.
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Esta não é uma operação, é uma ação integrada da Polícia Militar, Polícia Civil, Inea, Secretaria de Segurança Pública, Prefeitura… São mais de 2 mil agentes envolvidos. Vamos analisar como será daqui para frente. Todos os balanços, saber qual lugar podemos ocupar, onde temos que sair. Mas uma coisa posso afirmar: esta ação não tem prazo para acabar. É indeterminado.”
Ainda segundo Castro, o objetivo principal é retomar territórios que têm sido palco de acirradas disputas entre traficantes e milicianos nos últimos anos.
“Estamos trabalhando para a retomada da ordem e da segurança nessas regiões. Estamos combatendo todos os tipos de crime. A polícia vive um novo momento em sua estrutura, teve muitas melhorias, estamos usando equipamentos de alta tecnologia. No entanto, o número de armas e drogas dentro das comunidades do Rio é muito grande” disse.
As armas são os maiores problemas no Rio de Janeiro hoje. O Brasil ainda não tem uma postura tão dura, tão rígida para conseguir rastrear e frear o tráfico de armas. Se não fosse isso, não teríamos toda essa questão de insegurança na cidade. Mas ainda não temos uma perspectiva de melhora”
Saldo parcial desta segunda
Até às 11h30 desta segunda, o saldo da ação era de 20 presos, sendo cinco com mandados de prisão e outros 15 em flagrante, uma farta quantidade de drogas, construções irregulares, fábricas clandestinas e mais de 347 veículos abordados de forma irregular.
Na Linha Amarela, um carro foi encontrado abandonado com três granadas no interior, dinheiro, 102 papelotes de maconha e uma arma baretta 9 mm.
De acordo com o Governo do Estado, a ação foi planejada com base em dados de inteligência que apontaram para a necessidade urgente de intervenção nas áreas afetadas por conflitos criminosos.
Os bairros afetados são: Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio, Itanhangá, Virgem Grande e Vargem Pequena.
Durante a ação, foram usados drones com reconhecimento facial, 200 viaturas, 40 motocicletas, ambulância blindada, além de duas aeronaves blindadas.
Para não correr risco de opressão, Castro afirmou que a ação inteligente foi realizada no período de férias escolares justamente para não ter problemas com as crianças e não afetar a rotina de estudos.
Vazamento nas redes sociais
Mais cedo, pouco antes do início da operação, diversos perfis nas redes sociais postaram sobre um suposto vazamento de informações sobre a ação mas comunidades ds Zona Oeste. Cláudio Castro, óbvio, não gostou e afirmou que o “X-9” será descoberto.
“É realmente lamentável essa operação ter vazado. Seja quem for, pode ter certeza que iremos buscar e achar. Não vai ficar impune. Vamos encontrá-lo” afirmou o governador.
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