Insegurança

Sete escolas e seis postos de saúde de SG fechados após operação

Unidades municipais do Salgueiro têm cerca de 1,8 mil alunos

Policiais militares realizam patrulhamento na região
Policiais militares realizam patrulhamento na região |  Foto: Marcelo Tavares
 

Sete escolas municipais seguem fechadas nesta sexta-feira (24) no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, após a megaoperação policial que resultou em 13 mortes nesta quinta (23). A suspensão das aulas para cerca de 1, 8 mil alunos foi confirmada pela Secretaria de Educação de São Gonçalo. Já em relação às unidades de saúde que também foram fechadas, a Prefeitura informou que seis postos também estão sem funcionar nesta sexta. 

As escolas municipais fechadas são as seguintes: João Aires Saldanha (Itaúna), Marinheiro Marcílio Dias (Itaúna), Nilma Goulart Brandão (Salgueiro), Willian Antunes de Souza (Itaúna), Salgado Filho (Itaoca), Natalina Muniz de Oliveira (Palmeiras) e Carlos Drummond de Andrade (Itaúna). As unidades de saúde são: David Capistrano, Carlos Chagas, Albert Sabin, Palmeira 1 e 2 e Leôncio Correia.     

Aos poucos, os moradores vão retomando a rotina. Apesar da aparente tranquilidade, o clima ainda é de insegurança. Nos pontos de ônibus, trabalhadores seguiam para os seus destinos com a incerteza de que um novo confronto poderia acontecer e prejudicar a volta para casa.

"Infelizmente ficamos nessa situação. Quem sofre é o trabalhador, é o morador", disse um montador de móveis que preferiu não se identificar.

Leia +: Megaoperação no Salgueiro em SG tem um total de 13 homens mortos

A equipe do ENFOCO percorreu, nas primeiras horas da manhã de sexta, diferentes pontos próximos ao Complexo do Salgueiro, onde foi possível ver policiais militares em um ponto fixo na descida da BR-101, na altura do Km 308, no sentido Fazenda dos Mineiros. Três viaturas também realizavam patrulhamento pelas principais vias da localidade.

Com medo, muitos moradores preferiram não comentar sobre a ação policial. O comércio na região está com o funcionamento normalizado.

Em um grupo da comunidade, os moradores relataram como está a situação em locais mais afastados da entrada do Salgueiro. Durante a noite, os moradores relataram a queima de fogos de artifício na região. 

"A barricada está aberta mas o ônibus não está entrando. Alguém com carro que possa me pegar com minha filha especial?", escreveu uma moradora.

MORADORAS BALEADAS TÊM ALTA 

A Secretaria Estadual de Polícia Civil informou que agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizaram uma operação, nesta quinta-feira (23), no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Os alvos eram integrantes do tráfico do estado do Pará que se abrigavam na localidade e outras lideranças que também estão envolvidas nos ataques recentes a comunidades da Zona Oeste do Rio. A ação ocorreu em conjunto com a Polícia Civil do Pará e com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

Ainda segundo a Polícia Civil, durante a operação, os agentes foram atacados a tiros pelos traficantes. Treze homens, todos acusados de envolvimento com o tráfico, foram mortos em confronto. Outros dois foram detidos em cumprimento a mandados de prisão pendentes. 

Um deles, Felipe Marques da Silva, foi localizado ferido após dar entrada no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê. Ele segue internado sob custódia em estado estável e é investigado por participação no confronto. 

As duas mulheres e moradoras da região foram atingidas por estilhaços de balas e também encaminhadas ao Heat mas ambas já receberam alta. Houve apreensão de 13 fuzis, uma pistola e farta quantidade de entorpecentes.

Entre os alvos estavam os responsáveis por uma série de ataques contra agentes de segurança pública do Pará. Mais de 40 policiais morreram naquele estado desde 2021.

A Polícia Civil disse ainda que a ação operacional foi precedida de diversas trocas de informações, conhecimento de inteligência e planejamento tático entre as polícias dos dois estados. Os criminosos também têm ligação com um roubo praticado em um shopping center da Barra da Tijuca, em junho do ano passado, em que um segurança foi baleado e morto.

< Guimê fala de relação com Lexa: 'Está no tempo dela' David Luiz sobre títulos perdidos no Flamengo: 'Grupo qualificado' <