Polícia
'Só acredito na justiça divina', diz filha de mulher morta em São Gonçalo
"A gente só acredita na justiça divina", essa foi a frase dita pela filha da operadora de caixa Janaína dos Santos Duarte Peres, de 39 anos, que morreu após ser vítima de bala perdida na noite deste domingo (9), no bairro Anaia em São Gonçalo. De acordo com familiares, a mulher será enterrada na tarde desta segunda-feira (10), no Cemitério Parque da Paz no bairro Pacheco.
O dia das mães da cozinheira Mariana Duarte, de 19 anos, filha da vítima, foi cercado de muito amor e carinho. Muito emocionada, e antes de liberar o corpo da mãe no Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, ela contou como foram os últimos momentos ao lado da mãe.
"Passamos o dia todo juntas, almoçamos e compramos presentes para minha tias e ela estava muito feliz. Eu nunca poderia imaginar que algo assim poderia acontecer. Deixei ela em casa por volta das 16h e o combinado era que a gente se encontrasse na igreja para ela me acompanhar porque iria ter uma programação especial. Eu já estava no culto quando soube o que havia acontecido. Me ligaram dizendo que ela havia sido baleada, mas que estava viva. Eu imediatamente corri para o hospital e soube da notícia que mudou a minha vida para sempre", relatou emocionada.
A filha da vítima contou que a mãe foi baleada quando estava na companhia do filho de 13 anos. O menino vai fazer aniversário na próxima semana.
"Meu irmão está em choque e se culpando por ter passado com ela exatamente nessa rua onde os criminosos ficam armados. A gente sabe que a culpa não é dele, e que isso aconteceu por um descuido dos traficantes que se acham espertos demais. Minha mãe sempre se deu bem com todo mundo e não merecia morrer agora e nem dessa forma tão bruta. Talvez, se fosse uma morte por doença, não iria doer tanto na gente como está doendo. Semana que vem é aniversário do meu irmão e será o primeiro ano que ele não estará junto com ela. Isso é muito triste", desabafou.
A jovem lembrou que viveu sempre em harmonia com a mãe e no fim, disse ainda que isso é o que importa.
"Apesar de não moramos na mesma casa, a gente todos os dias estava com ela. A gente poderia não ser os melhores filhos, mas fazíamos tudo o que era possível para deixá-la feliz. Afinal, não sabemos o dia de amanhã. Minha mãe tinha a vida inteira pela frente e agora não está mais aqui. Então, nada o que aconteça a partir de agora vai trazer a minha mãe de volta", finalizou.
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