Angústia
Técnico de informática de São Gonçalo desaparece em Cabo Frio
Guilherme tem 29 anos e estava na região com a família
O técnico de informática Guilherme Pereira Lima Gouvêa, de 29 anos, morador do bairro Santa Catarina, em São Gonçalo, desapareceu na última quinta-feira (15) após sair da casa de veraneio que tem em Cabo Frio, na Região dos Lagos.
A família do rapaz estava desde um dia antes do feriado na cidade praiana cuidando da casa da família.
"Viemos para aproveitar o feriado e limpar a casa aqui. O Guilherme estava bem, tranquilo, começamos a limpar e íamos embora na terça, antes do ocorrido. Resolvemos, no entanto, estender a viagem até o dia 16. Na quinta, ele trocou de roupa e disse que ia no quintal tirar algumas fotos. Eu entrei na casa e cochilei. Quando acordei, por volta das 8h30, vi que ele não estava mais. As horas foram passando e nada, foi aí que começamos a rodar pela cidade, pensando aonde ele poderia ter ido. A partir daí, não achamos mais ele", afirmou Onésimo Rodrigues Gouvêa, de 59 anos, pai de Guilherme. O rapaz é o filho mais velho. Além dele, Onésimo tem uma filha de 21 anos.
Segundo a família, o jovem andava pra baixo por não estar conseguindo emprego. "Há dois meses, ele estava tendo consultas com a psicóloga e passou a tomar remédio para ansiedade. Estava colocando currículos, mas as pessoas não davam oportunidade por falta de experiência. Sobre o desaparecimento, já informamos às autoridades, incluindo bombeiros, policiais, fomos no Instituto Médico-Legal (IML) daqui, nos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e não achamos nada. Também sabemos que não houve nenhuma notícia de atropelamento ou afogamento na cidade", contou o pai de Guilherme, que já o procurou na rodoviária da cidade após um funcionário próximo falar que o viu no local com um grupo de outras pessoas, mas ele não foi encontrado.
O pai também informou que ele sumiu sem os cartões, dinheiro e documentos. Guilherme chegou a deixar, para os pais, um bilhete com a senha dos cartões do banco. "Ele pediu perdão por tudo no bilhete. Antes de desaparecer, ele estava se sentindo culpado por não ter trabalho e dizia que era uma despesa, e eu falava que não era despesa nenhuma. Ele sempre foi introvertido, mas sempre fez piada, era um cara contente antes dessa situação de desemprego. Vive com a gente, gosta de ir em shoppings, ia no mercado comigo e com a mãe, é meu companheiro. Não tem envolvimento com drogas e não possui desavenças com ninguém", afirmou o funcionário público.
Guilherme possui tatuagens no braço esquerdo: incluindo um trevo e o número 17. Ele sofreu um acidente e levou quatro pontos na testa e está com uma cicatriz. Quando desapareceu, o rapaz usava uma camisa escura de time europeu (preta ou vermelha), tênis com tons de laranja, casaco preto, bermuda jeans e cinto azul claro e escuro.
O caso foi registrado na 126ª DP (Cabo Frio), que, segundo a família, emitiu um alerta sobre o desaparecimento do rapaz para os municípios vizinhos. Procurada, a Polícia Civil informou que "o caso está sendo investigado pela 126ª DP (Cabo Frio). Diligências seguem para localizá-lo."
A família pede para que quem tiver informações entrar em contato com Disque-Denúncia (2253-1177) ou Polícia Militar (190).
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