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    Tiros, jovem morta e linhas de trens fechadas no Rio

    Publicado 04/03/2021 às 12:06 | Autor: Alan Emiliano
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    Imagem ilustrativa da imagem Tiros, jovem morta e linhas de trens fechadas no Rio
    |  Foto: Foto: Victor Soares
    Técnica de enfermagem foi atingida por bala perdida. Foto: Vítor Soares

    A técnica de enfermagem Luanna da Silva Pereira, de 28 anos, morreu após ser baleada durante uma troca de tiros entre policiais e criminosos no bairro Vigário Geral, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Uma operação realizada por policiais civis da Delegacia de Brás de Pina (38ªDP), em conjunto com a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), deixou moradores na linha de tiro e interditou linhas de trens na região.

    Márcia Cristina, presidente da Associação de Moradores de Vigário Geral, relatou que os policiais estão atacando moradores da região, que tentam realizar uma manifestação pacífica cobrando justiça pela morte da profissional de saúde.

    “Aconteceu o que todo mundo já está acostumado: a polícia entra, mata uma inocente e nada acontece, vira estatística. A Luanna era uma pessoa ímpar e cheia de talento, tinha uma filha e acabou de se formar em enfermagem. Infelizmente nós, moradores de comunidades, viramos reféns dessa guerra sem vencedores”, disse a presidente da associação de moradores.

    De acordo com uma amiga da vítima, Joyce Gonzaga, Luanna estava saindo de casa para comprar um pão quando foi atingida por um tiro. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

    “Mais uma vez, não dá pra acreditar. É mais uma família que chora, é mais uma filha que vai crescer sem mãe. Até quando, meu Deus?”, questionou.

    Agentes da Divisão de Homicídios da Capital (DHC) foram até o local, realizaram a perícia e ficaram responsáveis pela investigação do caso.

    Supervia suspende linhas

    Em decorrência da troca de tiros entre policiais e traficantes, os passageiros de um trem que seguia em direção a Central do Brasil ficaram reféns de uma guerra armada. As linhas foram suspensas e trabalhadores ficaram desesperados com a falta de informação por parte da Supervia.

    “Rapaz, eu nunca ouvi tanto tiro na minha vida.. Diversas pessoas tiveram que se abaixar com medo de serem atingidas. Era tiro, bomba e quem perde é o trabalhador, que perde o dia de serviço”, disse a diarista Fátima Figueiredo, de 47 anos.

    A Supervia informou que “em função de tiroteio nas proximidades da estação Vigário Geral, a operação no ramal Saracuruna e nas extensões Guapimirim e Vila Inhomirim encontram-se temporariamente suspensa”. O informativo foi publicado às 10h40 através de uma rede social. Alguns usuários acusaram o maquinista de abandonar o trem e deixar as pessoas sem quaisquer informações.

    A Supervia se defendeu das acusações e informou que traficantes armados invadiram o trem e obrigaram a interrupção dos serviços.

    Versão da Polícia

    Segundo a Polícia Civil, a mulher foi morta por um disparo feito por traficantes durante a incursão policial.

    De acordo com os agentes, durante a entrada dos policiais, houve um intenso confronto. A moradora foi atingida por disparo efetuado por traficantes, pois, segundo a Polícia, a vítima estaria atrás de um muro, ficando vulnerável aos disparos dos criminosos que estavam baseados em um ponto em Vigário Geral.

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