Polícia
Tortura e assassinato de professora revolta São Gonçalo
A educadora infantil Angélica de Figueiredo Lima, de 42 anos, não resistiu aos ferimentos de um ataque em seu domicílio e morreu no Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), no Colubandê, em São Gonçalo, na noite desta segunda-feira (23). A vítima foi socorrida por familiares à unidade por volta das 22h em estado grave, com sinais de tortura.
Ao longo da madrugada, a Polícia Civil periciou a residência da vítima para tentar recompor o quadro do crime. Os primeiros indícios indicam um brutal crime de feminicídio.
Segundo informações da delegacia que investiga o caso, a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), a vítima era reservada, solteira e morava sozinha na rua Manoel Gonçalves Monte, em Rio do Ouro.
Quando a vítima adentrou a residência por volta de 20h, o assassino estava no interior da casa. Não havia sinais de que a porta foi arrombada, mas no interior da residência o cenário era desolador: havia sangue na sala e no quarto, onde a vítima foi agredida.
A vítima apresentava perfurações de tesouras, hematomas de espancamento, sinais de enforcamento e queimaduras de ferro de passar roupa.
O assassino ainda não foi identificado, mas imagens de câmeras de segurança foram coletadas.
A vítima trabalhava há quatro anos como educadora infantil em uma creche da rede particular em Icaraí, na Zona Sul de Niterói. As aulas foram suspensas na unidade nessa terça, para os profissionais poderem ir no sepultamento que irá acontecer às 17h, no Cemitério Parque da Paz.
"Uma profissional exemplar, amiga, a gente não sabe nem o que falar nesse momento tão difícil. Ela era calma, solidária, tinha uma habilidade artística de professora como ninguém... Só o que temos de sentimento é muita tristeza", disse a diretora da creche, Fernanda Menezes Vasconcellos.
"Ela era alegre, dinâmica, tinha uma paciência e sabedoria muito grande com as crianças", disse uma amiga de trabalho.
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