Polícia

Trio segue foragido após morte de soldados do Exército em SG

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|  Foto: Foto: Marcelo Tavares
Um dos procurados é o antigo chefe do tráfico da região, conhecido como 'Pai da Alma'. Foto: Marcelo Tavares

“Enquanto eles não forem presos, não terei sossego na minha vida”. O relato é da auxiliar administrativa Fabiana Xavier, mãe de um dos militares do Exército mortos por traficantes, em julho de 2020, em São Gonçalo. Um ano e dois meses após a morte de Daniel Ferreira de Azevedo, 19 anos, e Victor Hugo Xavier, 18, três dos quatro suspeitos de terem participação da morte da dupla de militares seguem foragidos da polícia. O único envolvido preso trata-se de Flávio Igor Correia, o 'Macumbinha', preso em março deste ano, no Coelho.

De acordo com a mãe de Victor Hugo, os últimos meses foram de tortura em razão da liberdade dos acusados. Através de um desabafo nas redes sociais, ela implorou por justiça.

“Ontem fez um ano e dois meses sem meu filho Victor Hugo Xavier! Não há um só dia que eu não chore a sua ausência. Eis aí a cara dos marginais que arrasaram com duas famílias! Destruíram não só os sonhos de dois rapazes de bem, mas também a vida de duas mães, duas famílias! Compartilhem! Um já está na jaula! Faltam 3! Ajudem, para que eles não destruam mais famílias”.

Publicação de Fabiana Xavier

Procurada para falar sobre a liberdade dos envolvidos na ação criminosa, ela não titubeou e desejou a prisão dos acusados.

“É um sentimento de muita impotência. Não podemos aceitar que esses criminosos continuem nas ruas promovendo o medo e a barbárie por onde passam. Não podemos deixar com que outras famílias passem pelo mesmo que a minha e a do Daniel passaram. Desejamos a prisão deles”, disse a mãe de Victor Hugo.

Investigação concluída e quarteto indiciado

Em dezembro do ano passado, a Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) concluiu a investigação da morte de Victor Hugo Xavier e Daniel Ferreira e identificou a participação de quatro traficantes, ligados a facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), na execução dos soldados do Exército.

Os criminosos foram identificados e contra eles foi expedido um mandado de prisão por homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado e destruição, subtração ou ocultação de cadáver.

Segundo a investigação, a dupla de militares estava em uma casa de festas localizada no Mutondo assistindo uma partida do Flamengo, no dia 13 de julho de 2020, e foram em direção a um outro bar no bairro Raul Veiga, onde teriam conhecido duas jovens. Após deixarem as mulheres em casa, os militares teriam se envolvido em um acidente de trânsito com um veículo ocupado pelos criminosos, liderados por um traficante conhecido como 'Pai da Alma', chefe do tráfico de drogas daquela região na época. Eles foram mortos e tiveram os corpos encontrados carbonizados na manhã do dia seguinte no Pacheco, em São Gonçalo.

Guerra de facções dificulta localização de envolvidos

Após a morte dos militares, a comunidade viveu dias de tensão por conta da disputa entre traficantes de duas facções criminosas.

Meses após o início dos confrontos armados, o Comando Vermelho (CV) conseguiu invadir o conjunto de favelas e expulsou o Terceiro Comando Puro (TCP), facção dos responsáveis pela morte dos militares em julho do ano passado. Desde então, a Polícia Civil busca por informações que levem ao paradeiro dos criminosos.

Segundo a DHNISG, a expulsão dos traficantes dificulta a localização, já que eles acabam “perambulando” por comunidades do Rio de Janeiro. Quem tiver qualquer informação a respeito da localização dos envolvidos, pode entrar em contato através do Disque Denúncia (2253-1177).

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