Despedida

'Vi ele nascer', diz vizinha de PM morto a tiros na Zona Oeste

Militar foi atingido na cabeça durante ação no Bateau Mouche

Parentes e amigos estiveram no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap
Parentes e amigos estiveram no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap |  Foto: Lucas Alvarenga
  

Mais de 200 pessoas prestaram as últimas homenagens ao sargento da Polícia Militar Ângelo Rodrigues de Azevedo, de 48 anos, na manhã desta quinta-feira (8) no cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. Familiares, abalados, não quiseram dar entrevistas. 

O militar estava há 22 anos no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), e morreu com um tiro na cabeça na última terça (6), durante uma ação da PM na comunidade do Bateau Mouche, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. Ângelo chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu no hospital. 

Comandante do Bope, Uirá Ferreira e o secretário de Polícia Militar, Luiz Henrique Pires, também prestaram apoio à família do militar. O secretário lamentou a morte do PM e disse que a ação criminosa foi um ataque ao estado. 

Policiais fizeram um cordão em homenagem ao militar
Policiais fizeram um cordão em homenagem ao militar |  Foto: Lucas Alvarenga
  

"Só pela presença de pessoas aqui nós podemos imaginar o quanto ele era querido. É uma perda muito grande, um ataque ao estado. Inaceitável, é mais um herói que a gente perde de forma lamentável", disse.

Segundo o secretário, o combate à criminalidade para tentar minimizar os danos colaterais é possível com trabalho e investimentos.

"Não podemos nos abater, não podemos parar de trabalhar. Investir na tropa, treinamento e aquisição de equipamentos", contou.

Durante o cortejo, um comboio de policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Rodoviária Federal (FRF) e do Bope, realizaram uma homenagem com direito a salva de tiros e hinos das forças especiais.

Bastante consternada, a mãe do militar carregava uma coroa de flores. Ela estava acompanhada dos outros dois filhos, todos policiais, sendo um deles, gêmeo do sargento.

"Ele era uma pessoa maravilhosa, eu vi ele nascer. Quando ele era pequeno, jogava bola lá na rua. Ele e os irmãos sempre estavam juntos. A família dele é excelente", contou Geanice Leite, vizinha.

A morte do PM está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). O Disque-Denúncia divulgou na terça-feira (6) um cartaz pedido informações dos acusados.

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