Crime

'Violência do dia a dia', diz parente de mulher morta na Av Brasil

Helen estava em um carro quando foi baleada nas costas

Ela chegou a ser levada para o hospital, mas morreu na unidade de saúde
Ela chegou a ser levada para o hospital, mas morreu na unidade de saúde |  Foto: Reprodução
 

O concunhado da mulher que morreu após ser baleada durante uma perseguição policial na Avenida Brasil, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, neste sábado (29), lamentou a morte da familiar e, principalmente, a violência no Rio de Janeiro. Helen Bittencourt Perrone morreu enquanto estava no banco de trás de um carro ao retornar de uma festa com familiares. Ela foi atingida no meio da perseguição, mesmo não tendo nada a ver com a situação. 

Helen, que era bacharel em Direito, chegou a ser levada para o Hospital Municipal Pedro II em estado grave, passou por cirurgia e não resistiu. 

Seu concunhado Julio Calmon informou que Helen deixa uma filha adolescente. "A violência do dia a dia está aí até atingir alguém próximo. Hoje é a Hellen, mãe de uma adolescente e mulher do meu cunhado. Tudo pq a PM dá tiros a esmo na Av. Brasil. É isso: todo mundo sabe e ninguém quer mais saber. Afinal, amar ao próximo é tão démodé.. (sic)", afirmou ele. 

Ainda nas redes sociais, ele criticou novamente a atuação da Polícia Militar do Rio. "Mais uma cidadã morta por quem deveria proteger. E dizem que ela existe para ajudar...", escreveu. 

Helen morreu 12 horas após ser baleada nas costas. A família afirma que o tiro que a matou partiu de um policial. A corporação informou que instaurou um procedimento apuratório para analisar os fatos.

Agentes do Batalhão Especial de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) estavam perseguindo um carro que havia acabado de ser roubado por criminosos armados quando um tiro atingiu Helen. Tudo começou quando a dona do veículo roubado informou aos policiais que havia sido roubada e os agentes, então, iniciaram as buscas pelos bandidos. Durante a abordagem, os criminosos atiraram contra os policiais, que revidaram. Houve um acidente com o carro dos criminosos que, ao final, fugiram. Só depois do ocorrido que a corporação soube que Helen, que não estava envolvida no caso, havia sido baleada.

No carro roubado, foi recuperada uma pistola, dois carregadores, um porta carregador, um relógio, um aparelho de telefone celular, uma carteira e cartões de banco.

O caso de Helen está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que busca entender de onde partiu o tiro de fato. 

Neste sábado (29), agentes do 33° BPM (Angra dos Reis) conseguiram prender os criminosos envolvidos no roubo do veículo após buscas em uma zona de mata da região Rio-Santos. 

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