Vendedor morto
Viúva afirma não ter dinheiro para enterrar vendedor morto em Niterói
Hyago foi atingido a queima roupa por um PM de folga
Viúva do vendedor de balas Hyago Macedo dos Santos, 21 anos, morto a tiros na manhã desta segunda-feira (14) na bilheteria da estação da barcas em Niterói, Thais Oliveira do Santos disse que a família não tem dinheiro para realizar o enterro do marido. "Nem para o enterro dele a gente tem. A gente dependia do dinheiro que ele vendia balas para sustentar a família", desabafou a viúva, em entrevista à Tv Record.
Familiares do vendedor de balas estevaram na parte da tarde na sede da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), onde o caso será investigado. À imprensa, Thais contou que o marido estava guardando dinheiro para fazer a festa da filha que completo dois anos nos próximos dias.
De acordo com a mulher, Hyago já vendia balas no mesmo local há cerca de dois anos. Familiares também confirmaram que o rapaz de 21 anos já teve anotações criminais e que estava cumprindo liberdade condicional.
Segundo a Polícia Civil, o rapaz tinha anotações por tentativa de homicídio, furto e lesão corporal, e outros crimes, ainda quando adolescente.
A esposa disse que Hyago saiu cedo de casa acompanhado do filho biológico dela. O rapaz se envolveu em uma discussão com um policial militar que estava de folga. Ele tentava vender balas para um homem que estava no terminal das barcas. A cena foi acompanhada pelo enteado da vítima, que afirma ter visto o policial atirar a queima roupa.
Em sua defesa, o sargento Arnaud Silva, disse que atirou para evitar a uma tentativa de assalto.
Por meio de nota, a PM disse que o militar de folga "tentou intervir na ação e um dos envolvidos teria investido contra sua integridade".
Procurada, a Polícia Civil não se manifestou até a publicação da matéria.
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