Política
Aliado de Bolsonaro, Rodrigo Pacheco é eleito presidente do Senado
O Senado Federal optou por colocar o senador por Minas Gerais, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na presidência da Casa. O sucessor de Davi Alcolumbre (DEM) derrotou a candidata Simone Tebet (MDB-MT) por 57 votos a 21. Pacheco será o presidente do Senado, e do Congresso Nacional, pelos próximos dois anos.
Aliado às ideias do presidente Jair Bolsonaro, Pacheco discursou logo após ser eleito e disse que fará uma condução sem partidos ou divisões no Senado.
"Conduzirei essa Casa com os valores da nossa república e os princípios internos. Não há mais candidaturas, nem divisões", falou.
Rodrigo era apontado por senadores como favorito à sucessão de Davi Alcolumbre (DEM) à principal cadeira. A candidata pelo MDB, Simone Tebet, desde o início perdia forças e não teve o apoio que esperava de seus pares para que a primeira mulher fosse eleita presidente do Senado. Ela teve o apoio, já na reta final, de senadores que renunciaram às suas candidaturas.
Pacheco foi o escolhido por Davi Alcolumbre (DEM-AP) para sucedê-lo na presidência, que foi fundamental para a eleição de Pacheco, dada a simpatia de líderes de diversos partidos pelo então presidente da Casa. A proximidade de Alcolumbre com o presidente Jair Bolsonaro, com lideranças governistas, como PP, PSD e Republicanos, e de oposição, como PT e PDT, assegurou um apoio abrangente a Pacheco.
Ao longo dos dias que antecederam a eleição, Tebet perdeu o apoio formal do seu partido. Inicialmente, ela saiu como candidata de um bloco, com apoios também de PSDB, Cidadania e Podemos. Hoje, ao registrar sua candidatura na Mesa Diretora, ela se colocou como candidata independente. Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS) e Major Olímpio (PSL-SP), outros candidatos à presidência, desistiram de suas candidaturas na última hora para apoiar Tebet, mas não foi o suficiente para superar Pacheco.
Rodrigo Pacheco nasceu em Porto Velho (RO), em 3 de novembro de 1976. Ele é advogado e está em seu primeiro mandato como Senador. Antes, ele havia sido deputado federal entre 2015 e 2018, quando chegou a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. No Senado, atuou como vice-presidente da Comissão de Transparência e Governança (CTFC).
A votação levou cerca de 1 hora e 15 minutos para ser concluída. Isso porque apesar de haver urnas espalhadas pelo plenário, pelo Salão Azul e pela Chapelaria, um dos acessos ao Congresso, os votos foram feitos um a um, com senadores sendo chamados a votar. Os que não votaram no plenário, recebiam a cédula de outro senador no momento em que eram chamados.
Não votaram os senadores Jaques Wagner (PT-BA), que está de atestado médico em seu estado, Chico Rodrigues (DEM-RR), que está licenciado do cargo, e Jarbas Vasconcelos (MDB-PE), afastado por motivos de saúde.
A primeira tarefa de Pacheco como presidente da Casa é conduzir a eleição do restante da Mesa Diretora. A mesa é composta pelo presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e seus suplentes.
Com Agência Brasil
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