Política
Após polêmica com PM, Gustavo Schmidt é eleito presidente de comissão na Alerj
Três dias após se envolver em nova confusão com policiais militares na RJ-106, divisa entre Maricá e Saquarema, o deputado estadual Gustavo Schmidt (PSL) foi eleito presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente (CDMA) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Em pouco mais de um ano, o parlamentar se envolveu em ao menos três polêmicas, com diferentes acusações, mas polêmicas à parte, quando eleito em 2018, Schmidt defendia plataformas como redução da burocracia estatal, oposição à 'ideologia de gênero' e até mesmo melhores condições de trabalho para policiais. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele foi o sexto parlamentar mais votado em Niterói e o 35º no estado.
Gustavo ganhou nova posição na Casa Legislativa em sessão ordinária realizada de maneira virtual nesta terça-feira (27). Schmidt assume o cargo após mais de dois anos na presidência da Comissão de Saneamento Ambiental (Cosan) da Alerj, da qual passa a ser vice-presidente.
De acordo com Gustavo, nesse primeiro momento, o principal trabalho será o de reestruturar a CDMA, como foi feito com a Cosan.
“Considero o Meio Ambiente um setor fundamental para o nosso estado, em diversos sentidos, especialmente agora, quando o mudo se volta, novamente, para a preocupação com a sustentabilidade, vinculando o desenvolvimento econômico às questões ambientais”
Além de fazer o trabalho de fiscalização e de colaborar na elaboração e aperfeiçoamento da legislação ambiental, Schmidt também pretende promover audiências públicas e discussões em geral, para voltar a colocar o Meio Ambiente em pauta e contribuir para que o Estado do Rio volte a ser uma liderança nacional no setor.
“Tenho certeza de que, em pouco tempo, a CDMA da Alerj estará pronta para atuar com ainda mais transparência, seriedade e profissionalismo em defesa do meio ambiente, fiscalizando, cobrando e elaborando propostas consistentes para o setor. Estamos de portas abertas para a população e as entidades que quiserem embarcar nessa jornada conosco”, finaliza Schmidt.
Polêmicas
No último sábado, Schmidt foi acusado de agredir um policial militar do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv). Ele nega. A situação ocorreu na RJ-106, altura da Serra do Mato Grosso, divisa de Maricá com Saquarema.
Na ocorrência os policiais informaram que o parlamentar estava com a família e apresentava estado emocional alterado, quando teve o carro abordado. Durante a parada, o político teria utilizado palavras ofensivas e desrespeitosas com os policiais. O caso foi registrado na Delegacia de Maricá (82ª DP), embora os PMs não tenham conduzido o deputado até a DP.
Há pouco mais de um ano, o parlamentar de Niterói foi detido em uma festa também sob acusação de agredir um policial militar no bairro de Camboinhas, área nobre da cidade de Niterói. À época, já no contexto da pandemia, Gustavo estava em uma festa com outras pessoas quando policiais do Batalhão de Niterói (12º BPM) receberam denúncia de som alto e foram averiguar. Testemunhas relataram que o deputado teria abordado um dos policiais, quando houve discussão e ele teria agredido o PM.
Naquela ocasião, Schmidt se defendeu das acusações alegando que foi abordado "de maneira agressiva, sendo lançado ao chão". Só que na delegacia, ele se envolveu em outra polêmica - desta vez, com a então delegada Camila Lourenço. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra que o deputado chegou a chamá-la de "atriz, hipócrita com um ar de sórdida".
Antes disso, em julho de 2019, durante a final da Copa América entre Brasil e Peru, o novo presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj foi expulso de um beach lounge de Camboinhas, acusado pela Polícia Civil de consumir entorpecente.
O boletim de ocorrência registrado pelo estabelecimento na Delegacia de Itaipu (81ª DP), mostra que a equipe de segurança solicitou a saída porque o parlamentar estava fazendo uso da droga 'cheirinho de loló'.
Na ocasião, ele também teria entrado em conflito com o dono do espaço. O gabinete do deputado contou que o caso não passou de um 'mal entendido', na época.
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