Política

Atraso do governo estadual impossibilita hospital de campanha em SG

Os R$ 45 milhões seriam destinados ao hospital de campanha de São Gonçalo. Foto: Arquivo/Marcelo Tavares

Os R$ 45 milhões que a Prefeitura de Niterói garantiu dar em apoio ao Estado para a construção do hospital de campanha em São Gonçalo ainda não saiu dos cofres de Niterói. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (14) pelo prefeito Rodrigo Neves (PDT) que foi categórico: "Nós não repassamos nenhum recurso, só vamos repassar depois de de um plano detalhado". O pronunciamento acontece no mesmo dia em que o Governo do Estado afirma que a entrega da unidade médica irá atrasar.

Segundo Rodrigo Neves, a prefeitura só irá liberar o dinheiro quando o Estado apresentar um projeto do convênio. "Não repassamos nenhum centavo ainda porque estamos aguardando o plano", declarou.

Procurado o Governo do Estado ainda não se peonunciou sobre as declarações do prefeito de Niterói.

Estava na agenda do secretário estadual de Saúde, Edmar Santos uma visita ao espaço onde está sendo montado o hospital nesta sexta-feira (15), porém ela foi remarcada pra a próxima segunda (18).

A previsão era de que o hospital de campanha já recebesse pacientes no final de abril, porém com a sequencia de atrasos o Governo do Estado afirmou que a unidade ficará pronta apenas nesta segunda quinzena, mas sem citar data. A previsão da Secretaria de Saúde é que a unidade abra com 200 leitos para receber pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) infectados pela Covid-19.

Estado quase sem leitos

Atualmente a taxa de ocupação, considerando toda as unidades da rede estadual, é de 79% em leitos de enfermaria e 86% em leitos de UTI. Ao todo, 2.221 pacientes estão internados na rede estadual, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde.

No total, em toda a rede pública, 369 suspeitos ou confirmados de coronavírus aguardam transferência para UTIs, que podem ser regulados para as diferentes redes, seja ela municipal, estadual ou federal.

Com exceção do Hospital Regional Zilda Arns (cujas taxas de ocupação são de 89% na enfermaria e 86% na UTI) e dos hospitais de campanha Lagoa-Barra, Maracanã e Parque dos Atletas, a Secretaria esclarece que todos os outros leitos destinados para a Covid estão ocupados e que há rotatividade de vagas ocasionadas por altas, óbitos, além de reservas técnicas de leitos para pacientes já internados que possam agravar o quadro clínico, necessitando de UTIs.

Publicada às 21h47

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