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    'Black Friday' das drogas é flagrado na Zona Norte do Rio

    Publicado 12/03/2021 às 20:22 | Autor: Cicero Borges
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    Publicado às 20h22 / atualizado às 20h30

    Vender drogas é um crime tipificado no código penal brasileiro. A pena pode variar entre 5 e 15 anos de reclusão para quem for flagrado cometendo o delito. Ao menos no Rio, traficantes da Zona Norte parecem não se importar com as consequências.

    Como uma feira ao ar livre, onde clientes compram frutas e legumes, barracas montadas em frente à estação de Parada de Lucas, bairro da zona norte da cidade, oferecem 'mercadorias' bem diferentes.

    Em grandes mesas, drogas são arrumadas para chamar a atenção de quem passa. Em vídeo publicado nas redes sociais um homem é flagrado anunciando os 'produtos' sem qualquer constrangimento e com direito, inclusive, a promoções.

    Especialista em segurança pública, Paulo Storani explica que a situação é comum e que as equipes policiais não podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

    "A polícia sistematicamente desenvolve operações, mas não tem condições de ficar de plantão ali porque existe uma demanda e um problema gravíssimo de efetivo de polícia, hoje, pra atendê-las, então não atende. Ela dá prioridade no que é possível e, muita das vezes, é ignorado pelo comando do batalhão porque tem outras prioridades"

    Natural

    "Brota, brota galera, tá rolando black fire (sic). Maconha de R$ 30, de R$ 10, quem quiser quantidade e qualidade é com vocês mesmos. Skunk, raxixe... Brota na boca da estação"

    Storani diz ainda que o comportamento aparentemente natural de moradores da região dominada pelo tráfico pode ser explicado por questões de proximidade. "As pessoas das comunidades e frequentadores desses locais naturalizam a atividade criminosa muitas vezes por estratégia de sobrevivência", diz.

    A 'feira' acontece em meio a um ponto popular do bairro, com lojas e comércios funcionando normalmente ao redor. Moradores também passam com sacolas, vivendo uma rotina de qualquer bairro do subúrbio carioca que convive com a violência. Pelo vídeo, não é possível ver armas no local.

    Em nota, a Polícia Militar informa que os comandos do Grupamento de Policiamento Ferroviário  (GPFer), que operam em todas as estações da Supervia,  e do 16ºBPM (Olaria) foram informados sobre a denúncia.

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