Caso

Cassado, Dallagnol se revolta com TSE: 'Vozes foram caladas'

Ex-deputado ainda pode recorrer da decisão

Deltan criticou a decisão nas redes sociais
Deltan criticou a decisão nas redes sociais |  Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
  

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que teve o mandato cassado nesta terça-feira (16), criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nas redes sociais, ele disse que "vozes paranaenses foram caladas com canetada".

"344.917 mil (número de votos que ele recebeu em 2022) vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas nesta noite com uma única canetada, ao arrepio da lei e da Justiça", escreveu ele no seu perfil do Twitter.

Deltan tratou da cassação como "vingança". "Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil contra os agentes da lei que ousaram combater a corrupção. Mas nenhum obstáculo vai me impedir de continuar a lutar pelo meu propósito de vida de servir a Deus e ao povo brasileiro", acrescentou.

Entenda

Por unanimidade, o TSE decidiu nesta terça-feira (16) cassar o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Pode-PR). O ex-político atuou como chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e, após deixar o cargo, foi o deputado mais votado do Paraná nas eleições de 2022, com 344 mil votos. Cabe recurso da decisão, mas Deltan Dallagnol terá de sair do cargo.

Além disso, segundo a acusação, Deltan também não poderia ter concorrido por ter saído do Ministério Público Federal (MPF) durante a tramitação de processos administrativos disciplinares contra ele no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 

A decisão deverá ser cumprida imediatamente e os votos recebidos pelo parlamentar na eleição serão computados para a legenda. 

A elegibilidade de Deltan foi contestada pela federação formada pelo PT no estado e o candidato a deputado Oduwaldo Calixto (PL). Antes de chegar ao TSE, a inelegibilidade de Deltan foi rejeitada pela Justiça Eleitoral do Paraná. Ambos sustentaram que o ex-procurador não poderia concorrer às eleições por ter sido condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no caso das diárias pagas à força-tarefa.

Com Agência Brasil

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