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    Política

    Começa votação do processo de impeachment de Witzel

    Publicado 23/09/2020 às 15:12 | Autor: Plantão Enfoco
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    Foi iniciada na tarde desta quarta-feira (23) a votação do prosseguimento do processo de impeachment do governador Wilson Witzel na Assembleia Legislativa do Rio.

    Nesta etapa, Witzel era esperado para comparecer à Casa Legislativa e acompanhar a sessão. No entanto, segundo a assessoria de imprensa do denunciado, ele falará por videoconferência.

    A proposta é baseada no parecer do relator, deputado Rodrigo Bacellar (SDD), aprovado pela Comissão Especial da Alerj sobre o tema há cerca de uma semana.

    A sessão ordinária que vota o Projeto de Resolução 433/2020 iniciou às 15h e ocorre de modo semipresencial, com deputados participando de forma on-line ou presencialmente no Plenário Barbosa Lima Sobrinho.

    Caso dois terços dos parlamentares - o equivalente a 47 deputados - votem favoráveis ao impeachment, a denúncia será encaminhada ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ), que formará um tribunal misto de julgamento - composto por cinco deputados e cinco desembargadores - e definirá os ritos finais do processo com base na Lei Federal 1.079/50.

    Witzel será afastado por 180 dias após a denúncia ser recebida pelo tribunal misto de julgamento.

    Vinte e cinco partidos terão até uma hora para debater o tema, após autorização do presidente da Casa, o deputado André Ceciliano (PT). Ao fim das discussões, o governador e a defesa poderão falar por até uma hora. Em seguida, inicia-se a votação aberta, conforme determina o STF.

    "Ele foi eleito para servir a população com respeito e dignidade mas o que se observou durante todo o mandato do governo Witzel foi que ele estava mais preocupado em fazer negociações, oferecer cargos do que o respeito para com a população", declarou a deputada Alana Passos (PSL), uma das oradoras inscritas no início da sessão.

    Confira a lista dos deputados inscritos:

    • PSL: Alana Passos, Anderson Moraes, Filippe Poubel, Márcio Gualberto, Marcelo do Seu Dino
    • DEM: sem inscritos
    • PSOL: Dani Monteiro, Eliomar Coelho, Flávio Serafini, Mônica Francisco, Renata Souza
    • PSD: Rosane Felix, Jorge Felippe Neto
    • MDB: Gustavo Tutuca
    • REP: Carlos Macedo, Doutor Serginho, Capitao Paulo Teixeira
    • PSC: sem inscritos
    • PDT: Martha Rocha
    • PT: Waldeck Carneiro. Zeidan
    • PP: sem Inscritos
    • PSDB: Luiz Paulo, Lucinha, Max Lemos
    • DC: Marcelo Cabeleireiro
    • NOVO: Chicão Bulhões, Alexandre Freitas
    • PSB: Carlos Minc, Renan Ferreirinha
    • PROS: Giovani Ratinho
    • PL: sem inscritos
    • PODE: sem inscritos
    • PCdoB: sem inscritos
    • PTB: sem Inscritos
    • Avante: sem inscritos
    • PMB: sem inscritos
    • Patriota: sem inscritos
    • PTC: sem inscritos
    • CIDADANIA: Welberth Rezende

    Denúncia

    A denúncia de crime de responsabilidade por corrupção na área de saúde, protocolada no dia 27 de maio pelos deputados Luiz Paulo e Lucinha, ambos do PSDB, tem por base denúncias de desvios financeiros cometidos por Witzel, especialmente, em organizações sociais (OSs) e na construção de hospitais de campanha para combate à Covid-19 no estado.

    Segundo Bacellar, os documentos mostraram irregularidades e prejuízos aos cofres públicos causados pelas OSs Unir Saúde e Instituto Iabas. O relatório ressalta que as  investigações dos órgãos federais e a denúncia protocolada na Alerj apontam fortes indícios de recebimento de vantagens indevidas por Witzel por meio do pagamento de honorários à sua esposa, Helena Alves Brandão Witzel.

    De acordo com as investigações, Helena teria sido contratada por cerca de R$ 500 mil pela empresa Serviços Diagnósticos Ltda, controlada  por operadores ligados ao empresário Mário Peixoto, suposto proprietário das duas organizações sociais.

    O relatório destaca ainda a requalificação feita por Witzel, no dia 23 de março deste ano, da Unir Saúde. A organização social tinha sido desqualificada em outubro por resolução conjunta das secretarias de Estado de Saúde e da Casa Civil.

    A desqualificação foi motivada por supostas ilegalidades após o término de um processo administrativo que gerou a rescisão dos contratos de gestão vigentes e na reversão dos bens e dos valores entregues, tudo sem direito a indenização pela organização punida.

    Sobre o Instituto Iabas, o relatório aponta irregularidades na construção dos hospitais de campanha para o combate à pandemia de covid-19 e menciona orçamentos fraudados para serviços de montagem e desmontagem de tendas, instalação de caixas d'água, geradores de energia e piso para a formação da estrutura dessas unidades de saúde. Conforme o relatório, mesmo com as controvérsias sobre os contratos, o governo do estado liberou R$ 256,5 milhões para o Instituto Iabas.

    Com Agência Brasil. Publicada às 15h12.

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