4 a 2

Comissão de Ética da Alerj arquiva processo contra deputada Lucinha

Parlamentar nega qualquer ligação com milícias

Deputada Lucinha nega ligação com milícias
Deputada Lucinha nega ligação com milícias |  Foto: Reprodução / Instagram

A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) votou pelo arquivamento do processo ético-disciplinar contra a deputada Lucinha (PSD), investigada por supostas ligações com a milícia de Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho.

Na tarde desta quinta-feira (20), a maioria dos deputados decidiu que não houve quebra de decoro parlamentar, apesar das acusações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que apontam Lucinha como braço político da milícia.

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O Conselho de Ética enviará o processo à Mesa Diretora da Alerj, que decidirá se levará ou não a decisão ao plenário. O placar da votação foi de 4 a 2 pelo arquivamento, com os deputados Vinícius Cozzolino (União Brasil), Renato Miranda (PL), Cláudio Caiado (PSD) e Júlio Rocha (Agir) votando pelo arquivamento.

Já Martha Rocha (PDT) e Dani Monteiro (PSOL) votaram pela perda do mandato de Lucinha. O deputado Jorge Felippe Neto (Avante) não compareceu à reunião.

Lucinha, que nega qualquer ligação com milícias, continua em seu cargo enquanto aguarda julgamento na Justiça. Ela foi afastada no final de 2023, mas readmitida em fevereiro de 2024 após votação na Alerj. A deputada foi indiciada pela Polícia Federal em abril e recentemente denunciada pelo MP, que também pediu seu novo afastamento.

O presidente da Comissão de Ética, deputado Júlio Rocha, afirmou que a decisão foi técnica e que a falta de provas concretas levou ao arquivamento. Lucinha declarou que a acusação é uma perseguição política e que provará sua inocência na Justiça.

Por outro lado, as deputadas Martha Rocha e Dani Monteiro sustentaram que os indícios contra Lucinha são suficientes para justificar a perda de seu mandato.

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