Queda
Desabando! Governo Lula tem a pior taxa de aprovação
Reprovação vai de 34% para 41%, aponta Datafolha
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A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou uma queda significativa nos últimos dois meses, caindo de 35% para 24%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta semana. O levantamento também aponta que a reprovação do governo subiu de 34% para 41%, atingindo o maior patamar desde o início do terceiro mandato do petista.
O levantamento foi realizado nos dias 10 e 11 de junho, com entrevistas presenciais de 2.007 eleitores em 113 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Os dados indicam uma mudança expressiva na percepção do eleitorado sobre a gestão federal, refletindo um período marcado por crises e desafios econômicos.
Entre os fatores que impactaram a popularidade do presidente está a polêmica envolvendo a fiscalização de transações via Pix acima de R$ 5.000. A medida, anunciada pelo governo, gerou forte reação negativa e foi alvo de desinformação sobre uma suposta "taxa" no serviço. Diante da repercussão negativa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), voltou atrás e revogou a decisão.
Outro fator que pesou na avaliação do governo foi a alta dos preços dos alimentos. A inflação no setor tem preocupado consumidores e gerado desgastes para a gestão petista. Declarações de Lula sobre o tema, como a sugestão de que os brasileiros deveriam evitar comprar produtos com preços elevados, também contribuíram para a queda na popularidade.
Avaliação entre os eleitores
A análise dos dados revela que a perda de apoio ocorreu em segmentos tradicionalmente favoráveis ao PT. Entre eleitores que recebem até dois salários mínimos, a aprovação caiu de 44% para 29%. No Nordeste, região onde Lula sempre teve ampla vantagem eleitoral, o percentual dos que avaliam o governo como ótimo ou bom caiu de 49% para 33%.
Mesmo entre aqueles que votaram em Lula no segundo turno de 2022 contra Jair Bolsonaro (PL), houve queda significativa na aprovação, que passou de 66% para 46%. A desaprovação quase dobrou nesse grupo, indo de 7% para 13%.
Enquanto isso, a oposição tem se mobilizado para capitalizar o descontentamento popular. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desponta como um dos principais nomes do campo conservador, enquanto figuras ligadas ao bolsonarismo testam sua influência junto ao eleitorado.
O próprio presidente tem buscado reagir às críticas e atribui o momento negativo à propagação de fake news. "Esse é o meu ano. Eu quero desmascarar essa quantidade de mentira que tem nas redes sociais", afirmou Lula em evento recente. Ainda não está claro se essa estratégia será suficiente para reverter a tendência negativa em sua avaliação.
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