Mudanças

Eleições renovam histórico de famílias na política do Rio

Picciani, Garotinho e Cabral não conseguiram vagas

Leonardo Picciani, Clarissa Garotinho e Marco Cabral não se elegeram
Leonardo Picciani, Clarissa Garotinho e Marco Cabral não se elegeram |  Foto: Marcelo Eugênio
  

O primeiro turno das eleições a cargos como presidente da República, senador, governador, deputado federal e estadual, terminou neste domingo (2) com resultados negativos para famílias envolvidas com a política há anos no Rio de Janeiro.

Todo ano eleitoral há novos nomes eleitos, mas a cultura de famílias conhecidas no Rio tenta, constantemente, se manter na política. Alguns casos não surtem efeito, como os irmãos Leonardo e Rafael Picciani, ambos do MDB. O primeiro tentou uma vaga na Câmara Federal e o outro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). No entanto, sem sucesso. 

Os irmãos não utilizaram o nome Picciani durante suas campanhas. Isso porque o pai deles, Jorge Picciani, ex-presidente da Alerj, foi preso por corrupção e condenado há 21 anos. O homem morreu em maio de 2021.

Outro nome que tentou entrar como deputado federal foi Marco Antônio Cabral, filho de Sérgio Cabral, também pelo MDB. O candidato conseguiu 23.806 votos no Rio de Janeiro, estado onde o pai foi governador. Sérgio Cabral está preso desde novembro de 2016, somando mais de 400 anos de prisão e 22 condenações, por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, entre outros. 

Senado

Clarissa Garotinho, filha de Anthony Garotinho, foi além e tentou uma vaga para o Senado. A candidata pelo União Brasil não utilizou o nome do pai na sua campanha e apostava em um plano de castração química sobre os condenados a estupro. Clarissa ficou em quarto lugar, atrás de Daniel Silveira, com 1.145.413 votos.

O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, tentou participar das eleições deste ano como governador e deputado federal, mas o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) indeferiu a candidatura dele. O político desistiu de sua candidatura, mesmo com recurso sendo possível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mas quem conseguiu?

Filha do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, Danielle Cunha (União Brasil) foi a terceira deputada federal mais votada do seu partido (74 mil votos) e conseguiu se eleger. Ela não citou o pai na sua campanha. Eduardo foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

Douglas Ruas (PL), filho do prefeito de São Gonçalo Capitão Nelson (PL), foi o segundo deputado estadual mais votado no Rio com 174 mil votos. Já Guilherme Delaroli (PL), irmão de Marcelo Delaroli, prefeito de Itaboraí, também conseguiu uma vaga na Alerj. 

Andrezinho Ceciliano (PT), filho do ex-presidente da Alerj e candidato ao senado André Ceciliano (PT), também entrou como deputado estadual. Andrezinho conseguiu 54.851 votos no estado. 

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