Sociedade

Ex-deputado Comte Bitencourt defende atuação mais ampla da adoção

Comte foi presidente da Frente Parlamentar em defesa da Adoção

Político, que foi presidente da Frente Parlamentar em defesa da Adoção, defendeu que a prática é tema que deve ser debatido por toda a sociedade e não somente por aqueles que desejam assumir uma filiação.
Político, que foi presidente da Frente Parlamentar em defesa da Adoção, defendeu que a prática é tema que deve ser debatido por toda a sociedade e não somente por aqueles que desejam assumir uma filiação. |  Foto: Divulgação
 

O ex-deputado e professor Comte Bittencourt debateu na última quarta-feira (23) questões relacionadas ao processo de adoção. O político, que foi presidente da Frente Parlamentar em defesa da Adoção, defendeu que a prática é tema que deve ser debatido por toda a sociedade e não somente por aqueles que desejam assumir uma filiação. 

No encontro, realizado através da redes sociais, Comte recebeu a convidada Bárbara Toledo, especialista no assunto e fundadora do Instituto Quintal de Ana, em São Francisco, em Niterói. 

“Como parlamentar, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, me dediquei ao tema com o suporte técnico de instituições respeitadas e de referência, como o Quintal de Ana. Aprovamos leis que reduziram a burocracia, isentaram taxas cartoriais e a do apadrinhamento afetivo, da qual tenho grande orgulho e inspirou posteriormente a legislação federal”, destacou Comte. 

Na transmissão, Bárbara contou para os mais de 200 participantes como o Quintal de Ana foi fundado há 21 anos, a partir da adoção da filha, a Ana Laura. A instituição surgiu inicialmente como um grupo de apoio às famílias adotivas, no trato das questões afetas à adoção, do período de adaptação com a chegada da criança e a superação de eventuais preconceitos. Ela ressaltou que o Quintal de Ana é uma associação civil sem fins lucrativos e o trabalho é inteiramente voluntário. 

Comte destacou a importância do trabalho de Bárbara, que as leis sobre adoção, produzidas durante o período como parlamentar foram construídas com a sua orientação. No entanto, é preciso continuar lutando, pois ainda é difícil adotar uma criança no Brasil, o processo pode demorar até uma década.

Para o ex-deputado é difícil de resolver determinados obstáculos. Segundo dados oficiais do Conselho Nacional de Justiça, em março deste ano 29.742 crianças foram registradas como abrigadas no Brasil e 3.772 disponíveis para adoção. Enquanto isso, há 30 mil famílias interessadas em assumir uma filiação. No entanto, o processo não avança.

Bárbara explicou que entre os principais entraves para que o andamento da adoção é o preconceito que se tem ainda sobre a destituição familiar. Segundo a especialista, as autoridades ainda dão preferência para que a criança retorne a família biológica e com isso atrasa o processo. Outra dificuldade é que mesmo tendo mais de 30 mil famílias para adotar, muitas vezes o perfil da criança não corresponde ao esperado, desde questões com faixa etária avançada, como também por deficiências ou mesmo etnias.

Mas, a especialista vê mudanças importantes e defende que é preciso continuar a combater preconceito e aumentar, cada vez mais, as a visibilidade das crianças e dos jovens aptos a adoção, através de sites e recursos tecnológicos para realizar as chamadas “buscas ativas” por famílias interessadas e habilitadas a adotar.

Ao final do encontro, Comte ressaltou, mais uma vez, a importância do tema adoção estar presente no debate da sociedade que realmente busca a inclusão.

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