Perseguição?

Gabriel Monteiro tinha plano para monitorar deputado

Print já está nas mãos da Polícia Civil

Schmidt tomou conhecimento de um plano de Gabriel no sentido de monitorar e investigar sua vida usando assessores.
Schmidt tomou conhecimento de um plano de Gabriel no sentido de monitorar e investigar sua vida usando assessores. |  Foto: Divulgação
 

O deputado estadual Gustavo Schmidt (Avante) vai entrar com uma representação no Ministério Público na próxima segunda-feira (4) contra o vereador pelo Rio Gabriel Monteiro (PSD).

É que Schmidt tomou conhecimento de um plano do parlamentar no sentido de monitorar e investigar sua vida, utilizando, para isso, seus assessores da Câmara Municipal do Rio.

Em mensagens de WhatsApp, Monteiro determinava a seus funcionários que seguissem o deputado, depois que Schmidt entrou com uma ação na Justiça contra Gabriel por calúnia e difamação, segundo apurou a reportagem.

"Precisamos de uns 2 vídeos vindo da fiscalização aí. É aquela relação que te dei. Político desonesto, funcionário fantasma, provas contra Gustavo Schmidt (foto e vídeo) [...]", diz trecho da mensagem que o ENFOCO teve acesso.

Gabriel se defendeu dizendo que "essa é uma mensagem bem antiga". 

Em julho do ano passado, Monteiro deu declarações ao Flow Podcast, acusando Gustavo de ser usuário de substâncias ilícitas, o que motivou a ação judicial movida pelo deputado contra o vereador. O perfil do canal no YouTube, em questão, tem mais de três milhões de inscritos.

No bate-papo, Monteiro contou uma história que o parlamentar teria tentado "agredir, cuspir, humilhando, ultrajando" os policiais, e que "tentou agredir uma mulher delegada, de 1,60m".

Imagem ilustrativa da imagem Gabriel Monteiro tinha plano para monitorar deputado
|  Foto: Reprodução
  

Print de uma mensagem encaminhada por Monteiro à antiga equipe de trabalho, foi entregue na madrugada deste sábado (2), na delegacia de São João de Meriti (64ª DP) por um ex- assessor.

O deputado Giovani Ratinho (PROS) também esteve na sede policial para entregar provas que teria recebido contra o vereador.

O Tribunal de Justiça do Rio revelou à reportagem, neste sábado (2), que o processo de Gustavo Schmidt contra Gabriel segue na fase de produção de provas. O último despacho foi realizado no dia 8 de março. 

Gustavo também irá solicitar à Polícia Civil que investigue quais seriam as intenções do vereador ao determinar que seus assessores monitorassem suas ações. A mesma solicitação será feita ao presidente da Câmara Municipal do Rio, Carlo Caiado (Democratas).

"Me usou de trampolim em um podcast a troco de nada. [Quis] me perseguir, vigiar, colher prova e tentar se defender nesse processo. Usa o mandato parlamentar para tudo, menos para ser um parlamentar de fato. Usa todo o dinheiro do erário para investigações caluniosas, manipular pessoas, crianças", atacou Gustavo.

Em um vídeo postado em seu Instagram neste sábado (2), Gustavo Schmidt faz um desafio ao vereador Gabriel Monteiro, sugerindo que ambos se submetam voluntariamente a exames toxicológicos.

Durante entrevista ao ENFOCO, Gabriel Monteiro confessou que a mensagem foi encaminhada no grupo de trabalho e eventualmente para algumas pessoas da equipe.

"O deputado está nos processando por falar sobre os excessos dele, e estávamos juntando provas para pôr no processo. Não existe ilegalidade em juntar provas contra um agente público que foi preso por agredir policiais, ofender uma mulher delegada e fora outros escândalos", diz.

Monteiro revela, ainda, que 'não necessariamente' a pessoa que recebeu a mensagem tinha que cumprir esses objetivos.

"Minha equipe é dividida em setor. Sobre o deputado, na prática, ficou com a equipe jurídica. Essa mensagem foi mandada para muitas pessoas. É uma programação pra semana", finalizou.

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