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    Maduro vence eleição na Venezuela, oposição contesta

    CNE reconheceu resultado eleitoral

    Publicado 29/07/2024 às 9:50 | Atualizado em 29/07/2024 às 10:37 | Autor: Enfoco
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    Durante período eleitoral, o clima se mostrou favorável à Nicolás, nas ruas da Venezuela
    Durante período eleitoral, o clima se mostrou favorável à Nicolás, nas ruas da Venezuela |  Foto: Reprodução - Redes sociais

    O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou na madrugada desta segunda-feira (29) a reeleição de Nicolás Maduro com 51,2% dos votos, enquanto o principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve 44,2%. Apesar da apuração, a oposição e diversos líderes internacionais questionam a transparência e a confiabilidade do processo eleitoral, exigindo auditorias independentes.

    O resultado acendeu uma série de reações internacionais. O presidente russo, Vladimir Putin, felicitou Maduro pela reeleição. “As relações russo-venezuelanas têm o caráter de uma parceria estratégica. Estou certo de que as suas atividades à frente do Estado continuarão a contribuir para o seu desenvolvimento progressivo em todas as direções”, afirmou Putin.

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    Luis Arce, presidente da Bolívia, comemorou a vitória de Maduro, destacando que “a vontade do povo venezuelano foi respeitada nas urnas” e aproveitou para reforçar os laços de amizade entre os dois países.

    O ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, ressaltou a necessidade de esclarecer dúvidas sobre os resultados, defendendo uma contagem e auditoria independente dos votos para garantir transparência.

    Gabriel Boric, presidente do Chile, declarou que seu governo não reconhecerá resultados que não sejam verificáveis, pedindo total transparência e a participação de observadores internacionais independentes.

    Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, parabenizou Maduro e enfatizou a parceria estratégica entre China e Venezuela, destacando o 50º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países.

    O governo da Costa Rica repudiou a eleição de Maduro, e apresentou constestações mais diretas. A gestão classificou-a como “fraudulenta” e prometeu trabalhar com governos democráticos para garantir o respeito à vontade do povo venezuelano.

    Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, elogiou a vitória de Maduro, afirmando que “a dignidade e a coragem do povo venezuelano triunfaram sobre as pressões e manipulações”.

    O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, solicitou a apresentação dos registros de votação para garantir a verificabilidade dos resultados.

    Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, expressou  preocupações sobre a transparência do processo eleitoral e pediu a publicação detalhada dos votos. Blinken também elogiou o compromisso dos eleitores venezuelanos com a democracia.

    O presidente Bernardo Arévalo solicitou relatórios das missões de observação eleitoral e expressou dúvidas sobre os resultados emitidos pelo CNE.

    Javier González Olaechea, ministro das Relações Exteriores do Peru, anunciou que o país convocou seu embaixador em Caracas para consultas, em resposta aos resultados eleitorais.

    O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido não aceitou a legitimidade da eleição de Maduro e aconselhou seus cidadãos na Venezuela a “ficarem em casa, se possível” devido ao risco de manifestações.

    O presidente Luis Lacalle Pou declarou que não se pode reconhecer uma vitória sem confiar nos mecanismos utilizados.

    Clima durante período eleitoral 

    Durante o período eleitoral, a Venezuela enfrentou um ambiente polarizado, mas pacífico. Na escalada pré-eleição, Nicolás Maduro intensificou sua retórica contra sistemas eleitorais estrangeiros, incluindo o brasileiro, e fez declarações ameaçadoras sobre um “banho de sangue” no país, o que gerou reações internacionais de preocupação.

    Pesquisas indicavam uma vantagem significativa para a oposição liderada por Edmundo González. O filho de Maduro afirmou ao El País, na terça-feira (23) que, em caso de derrota, o presidente aceitaria o resultado e entregaria o poder. A promessa, no entanto, foi questionada por muitos observadores. 

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