Política

Manifestantes protestam contra o governo em Brasília

Manifestantes com orientações contrárias ao governo se concentram em frente a Fonte da Torre de TV em Brasília
Manifestantes com orientações contrárias ao governo se concentram em frente a Fonte da Torre de TV em Brasília |  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Protesto contra governo ocorreu na região central da capital. Foto: Marcello Casal Jr - Agência Brasil

Um grupo de manifestantes se reuniu, nesta terça-feira (7), próximo à Torre de TV, região central de Brasília, em protesto contra o governo Jair Bolsonaro e em defesa das causas da população mais vulnerável, contra o desemprego e a fome e pelo direito à moradia e à saúde. O ato começou às 9h e terminou por volta das 11h.

O Grito dos Excluídos é uma manifestação que ocorre tradicionalmente há 27 anos, no dia 7 de setembro, em defesa de pautas que, na avaliação dos organizadores, não são priorizadas pelo governo federal.

As pautas dos participantes do ato também incluem a defesa dos  territórios e do  direito à terra, a dignidade e o acesso aos direitos básicos de segurança alimentar, soberania popular, protagonismo da juventude e das mulheres.

Este ano, o ato também se uniu à campanha de diversos movimentos sociais que pedem a saída do presidente Jair Bolsonaro, argumentando que as ações e omissões do governo federal impulsionaram o cenário de crise em que o país se encontra.

Uma das autoridades a discursar no evento foi o deputado distrital Fábio Félix (PSOL), que falou sobre o que chamou de ameaças ao processo eleitoral e à democracia.

“Mas não vão nos intimidar, as ruas da capital federal não são as ruas do autoritarismo, as ruas da capital federal são as ruas da resistência. Nós temos que 'impeachmar' e retirar Bolsonaro já”, disse. 

Durante o ato, foi feita uma arrecadação de alimentos que serão doados para o acampamento da Marcha das Mulheres Indígenas, que também começa hoje, em Brasília.

A Polícia Militar do DF encontra-se com efetivo em toda a área central da capital, monitorando a movimentação dos manifestantes contra o governo e pró-governo. Pela manhã, também houve atos a favor do presidente, em Brasília.

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro participou nesta terça (7) de ato a favor do governo, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os manifestantes também levavam cartazes em defesa do voto impresso e contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro ficou no local por cerca de meia hora e discursou em um carro de som, acompanhado de ministros. Ele reafirmou que as autoridades devem agir dentro dos limites da Constituição e fez referência a decisões do STF, onde é alvo em quatro investigações.

“Não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica, da região [da Praça] dos Três Poderes, continue barbarizando a nossa população”, disse.

“Ou o chefe desse Poder enquadra o seu ou esse Poder pode sofrer aquilo que nós não queremos. Porque nós valorizamos, reconhecemos e sabemos o valor de cada Poder da República. Nós todos aqui na Praça dos Três Poderes juramos respeitar a nossa Constituição. Quem age fora dela se enquadra ou pede pra sair”, completou.

Bolsonaro disse que nesta quarta (8) terá reunião com ministros e também com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, e do STF, Luiz Fux.

“Com esta fotografia de vocês [das manifestações de hoje], vou mostrar pra onde nós todos devemos ir”, disse aos apoiadores.

No fim da manhã, o presidente embarcou para São Paulo, onde participa de ato na Avenida Paulista nesta tarde. Após o discurso do presidente, os manifestantes começaram a deixar a Esplanada.

De acordo com a Polícia Militar do DF, uma pessoa foi detida, por portar drogas e quatro celulares. Outro flagrante foi registrado atrás do Ministério da Economia, por porte de drogas e de arma branca. A pessoa assinou Termo de Compromisso e foi liberada. A PM encontra-se com efetivo em toda a área central da capital, monitorando a movimentação dos manifestantes contra o governo e pró-governo. Pela manhã, também houve atos contra o presidente, em Brasília.

Agência Brasil

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