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    Crise

    Milton Ribeiro é o 5º ministro a cair do MEC; relembre outros nomes

    Pasta foi marcada por polêmicas e escândalos

    Publicado 28/03/2022 às 18:08 | Autor: Enfoco
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    Fachada do Ministério da Educação (MEC), na Esplanada dos Ministérios, Brasília, DF.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
    Fachada do Ministério da Educação (MEC), na Esplanada dos Ministérios, Brasília, DF. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado |  Foto: Agência Senado

    Desde o início da gestão do presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Educação tem sido a pasta com alto índice de rotatividade. Ao todo, cinco nomes já foram indicados para chefiar a pasta, mas apenas três estiveram à frente de um dos ministérios mais importantes do país. 

    A saída de Milton Ribeiro, que estava no cargo desde julho de 2020, acontece em ano eleitoral, após suspeita de favorecimento a pastores ligados ao presidente Jair Bolsonaro, em distribuição de verbas do MEC. 

    No ano passado, o próprio ministro já havia sido alvo de polêmica, ao manifestar-se sobre a educação inclusiva, e declarar que "crianças com grau de deficiência atrapalhavam outros alunos em sala de aula". 

    O secretário-executivo do MEC, Victor Godoy Veiga, é o nome mais cotado para assumir a pasta. Caso seja confirmado, será o sexto indicado pelo presidente. 

    Quem são:

    Ricardo Vélez

    Vélez foi o primeiro a assumir no primeiro ano de governo.
    Vélez foi o primeiro a assumir no primeiro ano de governo. |  Foto: Divulgação

    O filósofo Ricardo Vélez assumiu o MEC no dia 1º de janeiro de 2019. Ele permaneceu por três meses no cargo e foi demitido quando, na época, criticou a gestão do presidente Bolsonaro. 

    No período que esteve a frente do MEC, Vélez se envolveu em várias polêmicas. Em uma delas, pediu para que diretores de escolas do Brasil registrassem os alunos cantando o hino nacional. O ex-ministro ainda reiterou que todos deveria recitar o lema adotado por Bolsonaro: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".

    Abraham Weintraub

    Waintraub chegou a ser apontado como o mais polêmico a assumir a pasta.
    Waintraub chegou a ser apontado como o mais polêmico a assumir a pasta. |  Foto: Marcos Corrêa/PR

    Apontado como o ministro mais polêmico do governo Bolsonaro, Weintraub permaneceu à frente da pasta por 14 meses. Deixou o cargo para assumir o posto de diretor do Banco Mundial, no EUA. 

    Weintraub é alvo de investigação do Supremo Tribunal Federal (STF), por suposto crime de racismo. Seu nome está incluído no inquérito sobre fake news. 

    Dias antes de deixar o MEC, o ex-ministro chamou alguns membros da corte do STF de "Vagabundos".

    Carlos Decotelli

     

    Decotelli se envolveu em polêmica com currículo pouco antes de assumir o cargo.
    Decotelli se envolveu em polêmica com currículo pouco antes de assumir o cargo. |  Foto: Reprodução

    O presidente Jair Bolsonaro demorou 13 dias para anunciar o nome de Carlos Decotelli para assumir a pasta. Nas redes sociais, o chefe do executivo rasgou elogios ao futuro ministro.  

    Decotelli nem chegou a assumir o cargo. Sua nomeação foi cancelada após denúncias sobre informações mentirosas em seu currículo. 

    Uma das informações desmentidas sobre ele, era sua formação em doutor pela Universidade de Rosário, Argentina e pós-doutorado pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha. Na ocasião, as duas instituições se manifestaram

    A Universidade de Rosário, Franco Bartolacci, afirmou que Decotelli não havia concluído seu doutorado na faculdade, dizendo que sua tese havia sido reprovada. 

    Já a Universidade de Wuppertal, informou que Decotelli não fez pós-doutorado na instituição.

    Renato Feder

    Feder declinou do convite para liderar o MEC.
    Feder declinou do convite para liderar o MEC. |  Foto: Rodrigo Félix Leal/ANPr

    Dias após cancelar a nomeação de Decotelli, Bolsonaro anunciou que iria nomear o empresário Renato Feder para o cargo de ministro da Educação. Nas redes sociais, o próprio empresário anunciou que havia recusado a proposta.  

    "Recebi uma ligação do presidente Jair Bolsonaro me convidando para ser ministro da Educação (…) agradeço ao presidente, por quem tenho grande apreço, mas declino o convite recebido".

    Feder foi um dos principais doadores na campanha eleitoral de Bolsonaro em 2018. Na ocasião, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ele tinha doado R$ 12 milhões. 

    Renato Feder foi secretário de educação no Paraná. Em 2019, foi intimado a depor no Ministério Público do Paraná, sob suspeita de fraude no sistema educacional. 

    Milton Ribeiro

    Ministro foi exonerado a pedido por suspeitas de usar pastores para favorecer municípios.
    Ministro foi exonerado a pedido por suspeitas de usar pastores para favorecer municípios. |  Foto: Luis Fortes/MEC

    O professor e pastor Milton Ribeiro foi nomeado no dia 10 de julho de 2020. Milton assumiu a pasta após um mês de polêmicas envolvendo possíveis candidatos. O líder religioso ficou conhecido em 2018, quando declarou que as universidades incentivam sexo “sem limites” por meio do pensamento existencialista. Ele deixou o cargo nesta segunda-feira (28), após entregar carta de demissão e ser exonerado a pedido, depois de escândalos revelarem favorecimentos a pastores a diversos municípios. 

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