Um dia após a divulgação do vídeo institucional da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro criticando uma reportagem publicada pelo jornalista Rafael Soares do jornal Extra, ligada a editora Globo S/A, a corporação promoveu mudanças no comando de batalhões. Uma delas envolve a então porta-voz da PM e figura presente no vídeo, tenente-coronel Gabryela Dantas, que deixou a Coordenadoria de Comunicação Social (CCOMSOC) e assume o batalhão do Leblon (23ºBPM). Para o cargo de coordenador de comunicação da PM, foi nomeado o major Ivan Blaz.
O vídeo, já retirado do ar pela corporação, condena o conteúdo abordado pelo repórter sobre o aumento no número de descarte de munição usada por policiais do Batalhão de Caxias (15º BPM). Nas imagens, a então porta-voz da PM acusa o jornalista de fazer uma relação maldosa entre a morte de duas crianças atingidas por bala perdida em Caxias com o número de munições para colocar a sociedade contra a PM. Passadas as acusações, alguns veículos de comunicação chegaram a publicar que a tenente-coronel seria exonerada do cargo nesta quinta-feira (10), mas a relações públicas se tornou comandante do 23º BPM.
O jornalista ainda chegou a se defender das acusações pelas redes sociais e garante que a Polícia Militar foi procurada antes da publicação e alegou que o crescimento no número de munição descartada aconteceu porque 'o material é reunido durante vários meses e encaminhado num único montante' para a eliminação.
A Secretaria de Estado da Polícia Militar ainda não esclareceu se houve autorização do secretário, comandante geral da PM, coronel Rogério Figueredo de Lacerda, para divulgação do vídeo.
Alan Emiliano
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