Política

Ofensa e tumulto na Câmara de Niterói com voz de prisão

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Projeto de Lei da vereadora Benny Brioly (Psol) virou motivo de confusão no legislativo de Niterói. Foto: Divulgação

O clima esquentou entre vereadores e apoiadores na Câmara Municipal de Niterói, na tarde desta quarta-feira (17). Isso porque durante uma votação do Projeto de Lei, de Benny Brioly (Psol), sobre a destinação da cota de 2% em concurso público para pessoas trans, houve confusão e troca de ofensas que foi além da tribuna tomando também as galerias da Casa.

A proposta, que conta com co-autoria de outros vereadores, entre eles: Professor Túlio e Paulo Eduardo Gomes, ambos do Psol, Walkiria Nictheroy (PC do B) e Verônica Lima (PT), seria votado nesta quarta, mas o presidente Milton Cal (PP) adiou para esta quinta-feira (18).

"Niterói seria o primeiro município a votar essa questão. Sabendo que o Brasil está no topo do ranking de que mais mata pessoas trans no mundo. Niterói teve uma travesti, preta, a mais votada da cidade, pra enfrentar o bolsonarismo, pra enfrentar o fascismo, e pra dizer que eu não tive contagem de coificiente eleitoral para ser eleita como teve fascista que está aqui nesta Casa"

Benny Brioly (Psol)

O vereador Douglas Gomes (PTC) atravessou a fala da parlamentar ao questionar:

"Quem é o fascita que ela tá falando? Tem coragem de falar quem é o fascista?", questionou sendo interrompido para continuidade da fala da vereadora.

"Fique quieto que eu estou falando", rebateu a psolista.

Após o discurso da vereadora, pessoas que estavam nas galerias deram início ao tumulto com ofensas, sendo interrompidos pelo presidente da Casa, que ameaçou encerrar a sessão.

Voz de prisão

Acontece que os ânimos estavam aflorados e Douglas Gomes teria escutado de uma das galerias a ofensa: 'fascista de merda [sic]'. O vereador anunciou voz de prisão, pedindo apoio à Mesa Diretora.

"Esse cidadão não pode fazer isso com um vereador dessa Casa. Gostaria do respaldo para essa situação. Vai abrir precedente para que um vereador seja atacado aqui?"

Para piorar ainda mais a confusão, a parlamentar Benny Brioly teria repetido a frase próximo a um dos microfones liberados aos parlamentares. Douglas também cobrou explicações da Mesa sobre o caso.

Ao fim, a vereadora do Psol também acusou o parlamentar de transfobia, durante questionamento dele sobre os números apresentados no projeto, rebatendo a informação de que o Brasil é o país que mais mata pessoas trans.

Douglas Gomes garante que acionará o Conselho de Ética da Câmara sobre o ocorrido. Já Benny Brioly, informou que ainda avalia as providências que irá tomar em relação ao caso.

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