Política

Partido do governador do Rio articula apoio e quer deputado Filipe Poubel no PL

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Deputado estadual Filippe Poubel avalia convite do PL do governador Cláudio Castro. Foto: Divulgação

Os bastidores da política estão cada vez mais agitados por conta das eleições em 2022. No Rio de Janeiro, por exemplo, mudanças partidárias estão cada vez maiores. É o caso do deputado estadual pelo PSL Filippe Poubel, que confirmou ter sido procurado para integrar o Partido Liberal (PL), que tem como presidente no Rio o deputado federal Altineu Côrtes.

O parlamentar afirma já ter recebido propostas de outros partidos, como o PSD, do prefeito do Rio Eduardo Paes. Segundo Poubel, problemas com o atual partido, PSL, motivam sua saída da legenda, que o elegeu em 2018 para seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Ele disse que vai aguardar um posicionamento do presidente Jair Bolsonaro, ainda sem partido, para resolver que caminho seguir.

Alianças

A partir do desenho político, Poubel mira em Brasília de olho na Câmara dos Deputados e de quebra idealiza alianças para tentar eleger o vereador do Rio Gabriel Monteiro (PSD) e o irmão, Glauber Poubel (PSD), do legislativo gonçalense, como deputados estaduais, formando um bloco em uma sigla. Ele se diz um 'soldado' do atual presidente e diz que a ida de Paes ao PSD pode ter motivado uma debandada no partido.

"De fato existe sim o convite para minha ida para o PL, mas ainda estou preso ao PSL devido à infidelidade partidária. Não posso ainda mudar de partido sem a anuência da direção da executiva estadual ou em caso de uma liberação, ou de expulsão. Meu desejo é acompanhar o presidente (Bolsonaro) onde ele for, mas existe sim um convite do PL e a possibilidade de eu estar vindo a federal e lançando o Gabriel Monteiro e o meu irmão (Glauber Poubel) como estaduais"

Cláudio Castro

Recentemente o PL do governador do Rio vem costurando apoio de municípios para uma possível reeleição de Cláudio Castro.

"O Castro (governador) tem a simpatia do presidente Bolsonaro e os convites têm acontecido do próprio presidente estadual (Altineu) e dele, que em conversa informal fez o convite e disse que as portas estão abertas para acompanhá-lo. Vamos esperar primeiro a definição do Presidente da República e analisar o cenário pra ver se concretiza minha vinda para deputado federal"

CPI

O deputado considera a CPI um 'circo armado' na tentativa de derrubar o presidente Jair Bolsonaro. Foto: Arquivo / Pedro Conforte

O deputado analisou também a CPI da pandemia, que inclusive, foi citado na oitiva do ex-governador do Rio, Wilson Witzel. Filipe classifica a Comissão como 'vergonha' e que o processo está sendo somente para desgastar o atual presidente.

"Vejo como um circo que estão armando pra tentar derrubar o governo Bolsonaro. Fui citado pelo Witzel (na CPI), que era tido como salvador do Rio de Janeiro, mas na verdade se mostrou um verdadeiro bandido. Ele tinha domínio total do que acontecia no Rio. Eu não invadi hospital, eu estava no direito do exercício do meu mandato, que é a fiscalização, mas eu não encontrava nada nas unidades. Essa declaração dele na CPI foi infeliz e o verdadeiro genocida do Rio chama-se Wilson Witzel"

Poubel também comentou a fala do ex-governador sobre promover carreatas contra o lockdown e a reabertura dos comércios.

"Promovi sim, porque o político tem seu salário todo mês certinho na conta. E o trabalho que precisa fechar o seu comércio? Muitos vendem de dia pra comer à noite. E o trabalhador da informalidade? Quem iria arcar com a necessidade deles?", questiona Filipe.

PSL

Sobre a saída do PSL, partido que elegeu o presidente Jair Bolsonaro em 2018, Poubel fala que já há, inclusive, um processo de expulsão do parlamentar da sigla, mas que até março, data que as janelas para filiações partidárias são abertas, poderá ter um desfecho.

"Todo mundo sabe da minha insatisfação no PSL, já foi público. O pedido do presidente vai influenciar na minha ida para qualquer partido. Mas tenho o convite do PL sim. Caso ele (Bolsonaro) abone, junto com o senador Flávio Bolsonaro (Patriota), vejo a legenda com bons olhos, mas vou ouvir o direcionamento do Flávio e do presidente. Fico lisonjeado não só do partido do PL, como de outros partidos também, como o PSD, mas com o Paes (Eduardo) lá não dá. A partir de março eu posso sair por conta da janela ou o partido me expulsando, mas até lá vamos decidir o meu futuro. Sou um soldado do presidente Jair Bolsonaro e estou à disposição", finaliza.

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