Política
Presidente do Senado afirma que radicalização é perigosa
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou nesta quarta-feira (20) que o Brasil está vivendo um processo de radicalização perigoso. A declaração veio após solidariedade dos senadores em razão de ataques antissemitas sofridos por Alcolumbre na internet.
"Preconceito e intolerância nunca foram bons em nenhum lugar do mundo, e a gente está vivendo num país em processo de radicalização, o que não está fazendo bem para nós. Precisamos ficar firmes, protegendo todos os brasileiros, que foi a missão delegada a nós pelos eleitores dos nossos estados", declarou.
Para Davi, é preciso entender o que o povo hebreu sofreu na história da humanidade, assim como os africanos, os ciganos, as mulheres. Para ele, essa lembrança faz com que seja possível avaliar com muita clareza tudo o que está acontecendo.
Ao prestar solidariedade ao presidente da Casa, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) lamentou o cenário existente nas redes sociais. Segundo ela, a dinâmica de ataques virtuais exerce uma pressão política para que todos embarquem nela.
"Nós, brasileiros, temos uma natureza hospitaleira, mas estamos indo contra tudo o que somos. As redes sociais estão virando esse show de horrores, de ódio, e cobrando da gente que nos manifestemos da mesma forma. Eu não vou", disse a senadora.
O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), também se solidarizou com o presidente do Senado. Rogério afirmou que a única intolerância que se deve ter é com a própria intolerância, a fim de que se evite esse tipo de ataque.
Ao comentar esses ataques, Davi lembrou da prorrogação das atividades da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, oficializada no início de abril. A comissão ganhou mais 180 dias para trabalhar. O prazo, no entanto, está suspenso e o colegiado está inativo devido à pandemia de Covid-19.
Trabalho
O presidente do Senado também agradeceu a todos os servidores da Casa pelo empenho durante o período de isolamento social. De acordo com Davi, todos os avanços e conquistas de que o Senado é parte não teriam sido possíveis sem o “trabalho exaustivo” dos vários setores da Casa.
"O que seria de um senador da República sem o servidor que estudou, se dedicou, passou em concurso e veio para cá nos ajudar e nos auxiliar na nossa missão? Eles são essenciais para que a gente possa exercer essa missão, com mais conquistas para o Brasil, mudando a legislação brasileira a todo momento, melhorando, aperfeiçoando, avançando", declarou.
Ao encerrar a sessão, às 22h40, Davi lembrou que os servidores continuariam trabalhando após esse horário para que a atividade legislativa fosse divulgada, com material jornalístico, notas taquigráficas e resultados da sessão disponíveis para o cidadão.
Agência Senado
Publicada às 7h55
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