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    Relato

    Professora acusa ministro Silvio Almeida de assédio sexual; vídeo

    Isabel Rodrigues afirma que caso aconteceu há cinco anos

    Publicado 06/09/2024 às 18:23 | Autor: Enfoco
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    Isabel disse que ministro tocou em suas partes íntimas durante um almoço
    Isabel disse que ministro tocou em suas partes íntimas durante um almoço |  Foto: Reprodução / Instagram / Divulgação / Agência Brasil

    A professora Isabel Rodrigues relatou nesta sexta-feira (6) ter sido vítima de assédio sexual por parte do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, durante uma reunião há cinco anos. Na quinta-feira (5), a ONG Me Too Brasil havia anunciado que recebeu denúncias semelhantes contra Almeida. O ministro nega as acusações e, segundo sua defesa, não irá comentar o caso por desconhecer os fatos narrados.

    O caso, revelado pelo portal "Metrópoles", será investigado pela Polícia Federal. Segundo o site, entre as vítimas estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

    Isabel afirmou que decidiu tornar pública sua experiência para somar às denúncias recebidas pela ONG Me Too Brasil. Em um vídeo publicado nas redes sociais, a professora relatou o episódio ocorrido em 3 de agosto de 2019, quando, segundo ela, foi assediada por Almeida durante um encontro após um curso ministrado por ele na Praça da República, em São Paulo.

    “Eu sofri violência sexual do ministro de Direitos Humanos”, declarou Isabel no vídeo. Ela explicou que, à época, era amiga do ministro, a quem conheceu quando ele fazia parte do Conselho Pedagógico da Escola de Governo de São Paulo.

    Isabel, que participava do grupo como professora e aluna, relatou que, após o curso, foi almoçar com outros alunos e sentou-se ao lado de Almeida.

    “Ele levantou a saia e colocou a mão nas minhas partes íntimas. Colocou a mão com vontade. Eu fiquei estarrecida. Fiquei com vergonha das pessoas, porque é assim que as vítimas se sentem”, disse.

    A professora contou ainda que, tempos depois, ligou para Almeida para confrontá-lo sobre o ocorrido. Ela afirmou que o ministro inicialmente negou o ato e a chamou de louca, mas depois admitiu estar “muito mal” e teria alterado a rota de uma viagem para procurar a terapeuta, após reconhecer ter “feito mal para uma amiga que gostava muito”.

    Nos comentários de seu vídeo, uma mulher afirmou lembrar do momento em que Isabel relatou o incidente pela primeira vez.

    Em nota, o ministro classificou as acusações como "ilações absurdas" e informou que acionou a Controladoria-Geral da União, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, e a Procuradoria-Geral da República para uma investigação rigorosa.

    Em entrevista à "Rádio Difusora", de Goiânia, o presidente Lula afirmou ter tomado conhecimento das denúncias apenas na véspera. Entretanto, fontes ligadas ao governo indicam que relatos informais das acusações já haviam chegado anteriormente a Lula e à primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja.

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