Política
PSOL protocola pedido de impeachment de Crivella
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), por meio da deputada e pré-candidata a prefeitura do Rio de Janeiro Renata Souza, do vereador Tarcísio Motta, e de sua direção, ingressa nesta terça-feira (1º) com um pedido de impeachment do prefeito Marcelo Crivella.
Para o partido, a denúncia da existência de grupos denominados "Guardiões de Crivella" configura flagrante inobservância dos princípios da probidade administrativa, em especial da honestidade, imparcialidade e legalidade, além de possível crime de responsabilidade. Organizar funcionários públicos, detentores de cargos de confiança, para impedir que sejam denunciadas situações de irregularidade no atendimento de saúde, e coibir, às portas dos hospitais, a atuação da imprensa, intimidando jornalistas, são práticas que apontam fortes indícios de improbidade administrativa e conduta incompatível com o cargo. As pessoas participariam, ainda, de grupos de mensagens em que há indícios da participação do próprio prefeito, vigiando e incentivando a ação dos supostos "guardiões".
A deputada Renata Souza considera a prática, que ataca o direito da povo do Rio de Janeiro a informação, inadmissível.
"Crivella segue a linha de seu aliado Bolsonaro de tentar calar as críticas e a imprensa. Organizar funcionários, detentores de cargos de confiança, como se fosse uma milícia, para intimidar jornalistas e cidadãos que querem falar são práticas que apontam fortes indícios de improbidade administrativa e conduta incompatível com o cargo. Um retrato dessa administração desastrosa , corrupta e antidemocrática de Crivella à frente da prefeitura do Rio de Janeiro", explicou a deputada.
Líder da bancada do partido na Câmara Municipal, Tarcísio Motta afirma que a resposta imediata do PSOL responde ao episódio com a contundência necessária à seriedade das denúncias veiculadas nesta segunda-feira.
"O fato é gravíssimo, envolve o uso de dinheiro público para fins escusos, impede o livre exercício de imprensa, e silencia as queixas legítimas da população em um momento de grave crise sanitária. Não podemos aceitar que, mais uma vez, o prefeito use a máquina pública para gerir interesses particulares, esconder a verdade e ludibriar as pessoas. O partido apresenta uma medida à altura da gravidade dos elementos apresentados, que precisam de apuração imediata e transparente por parte desta Casa Legislativa", diz o vereador.
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