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    Bicentenário da Independência

    'Sabem quem é o STF', diz Bolsonaro no desfile em Brasília

    Presidente participou dos festejos do feriado

    Publicado 07/09/2022 às 13:09 | Autor: Cícero Borges
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    Bolsonaro pouco antes do desfile das comemorações do Bicentenário da Independência, em Brasília
    Bolsonaro pouco antes do desfile das comemorações do Bicentenário da Independência, em Brasília |  Foto: Rede social

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou do desfile cívico-militar sobre as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil, em Brasília, nesta quarta-feira (7). Ao lado da primeira dama, Michelle Bolsonaro, e de ministros, o presidente conferiu de perto as festividades que marcam a data. Apoiadores e aliados também estiveram presentes no evento que retorna após dois anos devido às restrições impostas pela pandemia. 

    Em seu discurso, ainda em Brasília, o presidente voltou a atacar o STF e fez uma espécie de convocação aos milhares de apoiadores que compareceram às festividades para as eleições do mês que vem. 

    "O nosso objetivo é a liberdade. A liberdade é essencial pra nossa vida. temos tudo pra sermos mais felizes. Atingiremos juntos o nosso objetivo. Vocês sabem o abismo que Brasill tinha há poucos anos atolado em corrupção. Veio a pandemia e lamentamos as mortes. Veio a economia e o 'fique em casa que a economia a gente vê depois'. Tivemos guerra. Eis que o Brasil ressurge com a economia pujante, com uma das gasolinas mais baratas do mundo. Com o Auxílio Brasil. Somos uma pátria que não quer a liberação das drogas, não admite a ideologia de gênero, que respeita as crianças nas salas de aula e que combate a corrupção pra valer. Nao é vitude, é obrigação de qualquer chefe do Executivo", disse em tom elevado. 

    O presidente também exaltou a primeira dama, Michelle Bolsonaro, em um claro aceno às mulheres, depois de críticas sobre ataques ao gênero durante a campanha. Ele elogiou a mulher e em seguida a beijou. 

    Houve ataques ainda ao STF e ao PT de Luiz Inácio Lula da Silva, principal oponente do presidente e que lidera nas pesquisas a corrida ao Planalto. 

    "Sabemos que temos uma luta do bem contra o mal que destruiu o nosso país por 14 anos e querem voltar à cena do crime. Não voltarão. O povo sabe o que quer. A vonta do povo se fará presente no próxmo dia 2 de outubro. Podem ter certeza que jogaremos dentro das quatro linhas e vamos trazer todos aqueles que estão fora delas. Todos sabem quem é o Supremo Tribunal Federal", bradou Bolsonaro. 

    Logo nas primeiras horas da manhã houve apresentação piromusical, com queima de fogos em verde e amarelo no Eixo Monumental, em Brasília. Foram cerca de sete minutos de explosões nas cores da bandeira, que dançavam ao som do Hino da Independência. 

    Festejos

    Em Brasília, o desfile na Esplanada dos Ministérios teve início por volta das 9h. A programação incluiu apresentações das Forças Armadas, das polícias Militar e Rodoviária Federal, do Corpo de Bombeiros, além da participação dos estudantes dos colégios militares e das escolas públicas do Distrito Federal.

    Também participaram do desfile integrantes do Grupamento de Veteranos da 2ª Guerra Mundial, os chamados pracinhas, ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Além deles, o público poderá ver tropas de fuzileiros navais, cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras, representantes de Tropas Especiais da Força Terrestre e cadetes da Academia da Força Aérea (AFA).

    Durante o desfile, paraquedistas militares saltaram no céu de Brasília e entregaram a Bandeira Nacional ao presidente da República. A Marinha do Brasil participa do desfile aéreo com as aeronaves VF-1, recém-modernizadas. A famosa Esquadrilha da Fumaça também fez uma apresentação ao público.

    O Exército Brasileiro foi com quatro modelos de helicóptero, enquanto a Força Aérea Brasileira apresentará formações com aeronaves de caça, transporte, reconhecimento e busca e salvamento, com exemplares das mais novas aquisições, além de aviões de instrução da AFA.

    O tom de convite a apoiadores e políticos aliados da campanha do presidente vem surgindo desde o lançamento da campanha, em julho deste ano, no Rio. Empresários citados na investigação do STF sobre tons considerados golpistas em grupos de whatsapps também foram convocados pelo presidente para o evento. 

    Evento no Rio

    A data foi tida como primordial pela equipe de campanha do presidente em uma tentativa de convocar aliados e o eleitorado mais fiel para uma espécie de ultimato antes das eleições. Bolsonaro chegou a se referir ao ato como ‘uma última vez’. Também há preocupações sobre as recentes críticas a ministros do STF, entre Alexandre de Moraes, atual presidente do TSE e relator do processo sobre fake news que envolve o presidente. 

    Em seguida, Bolsonaro vai ao Rio para um ato em Copacabana, quando deve discursar a apoiadores sobre o processo eleitoral, em um palanque montado em frente ao Forte de Copacabana. Antes, deve se juntar a correligionários, em uma motociata que sai do Aterro do Flamengo no início da tarde desta quarta (7). 

    Este ano não houve o tradicional desfile militar na Presidente Vargas, no centro. O local foi modificado, a pedido do Comando Militar do Leste (CML), para a Zona Sul. 

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