Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial neste domingo (30), o Brasil terá uma nova primeira-dama, a socióloga Rosângela Lula da Silva, mais conhecida como Janja.
A esposa de Lula nasceu em 1966 na cidade de União da Vitória, no Paraná. Ainda bebê, se mudou para a capital de Curitiba ao lado de dois irmãos mais velhos, a mãe Terezinha da Silva, que faleceu em 2020, e o pai José Clóvis da Silva, de 82 anos.
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Aos 17 anos, ela se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT). Formada na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a socióloga possui MBA em Gestão Social e Sustentabilidade, além de especialização em história.
Considerada pelo marido como uma pessoa politizada, Janja passou por empresas como a hidrelétrica Itaipu Binacional e a estatal Eletrobrás.
História de amor
A história de amor entre Lula e Janja teve início em 2017, após um evento petista em que reuniu vários artistas e ativistas de esquerda.
Em entrevista a um podcast, Lula chegou a afirmar que, após ser preso em 2018, a socióloga tinha o costume de levar 'comidinhas' para ele em todas as noites, enviar cartas e fazer visitas. Na época, o ex-ministro da Fazenda, Luiz Carlos Bresser Pereira, afirmou nas redes sociais que um dos primeiros planos de Lula ao deixar a prisão seria casar.
O relacionamento dos dois veio a público em 2019, quando o candidato eleito já estava há 1 ano preso, respondendo processos em decorrência da Lava-Jato. Enquanto isso, aqui fora, a mulher realizava protestos contra a prisão.
Quando Lula saiu do presídio de Curitiba, em 2020, Janja estava lá esperando. Os dois, de mãos dadas, protagonizaram um beijo na porta do local, frente a uma multidão: "Eu quero apresentar para vocês uma pessoa de quem eu já falei, mas que nem todos vocês conheciam. Eu quero apresentar a minha futura companheira", disse Lula na época.
Em maio deste ano, os dois oficializaram a união em uma festa em São Paulo que contou com a presença de diversas celebridades, em plena pré-campanha política. A celebração recebeu mais de 200 pessoas.
Janja nas eleições
'Petista de carteirinha', como gosta de se autointitular, Janja foi peça fundamental na campanha eleitoral petista. Ao lado do marido, ela cativou principalmente as mulheres, devido à forte militância.
Diferente da antiga ex-mulher de Lula, Marisa Letícia, quem preferia ficar longe dos holofotes, Janja se mostrou bastante presente. A antiga ex-primeira-dama morreu em fevereiro de 2017, em razão de um acidente vascular cerebral (AVC).
Durante os palanques da vida, a socióloga sempre acompanhou o marido e, inclusive, discursou para os apoiadores. Em um comício em Minas Gerais, ela rebateu uma fala de Michelle Bolsonaro, na qual alegava que o papel da mulher era ser 'ajudadora do esposo'.
Bastante ativa nas redes sociais, Janja também foi uma ponte entre Lula, artistas e influenciadores digitais. Ela também deu opiniões durante a campanha e teve uma participação ativa nas reuniões do partido. No dia 1° de janeiro de 2023, Janja vai assumir o posto de nova primeira-dama do Brasil e promete que vai 'ressignificar o conceito'.
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