Política

Teich se despede e deixa plano de apoio aos prefeitos

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|  Foto: JOSE DIAS
Teich permaneceu um mês no cargo. Foto: José Dias/PR

Após decidir abrir mão do cargo de ministro da Saúde, o médico Nelson Teich convocou coletiva de imprensa nesta sexta-feira (15). Acompanhado da equipe, agradeceu aos funcionários do ministério e aos profissionais de saúde na linha de frente do combate a pandemia de Covid-19.

“A vida é feita de escolhas, e hoje escolhi sair. Dei o melhor de mim nesse período. Não é uma coisa simples estar à frente do ministério num momento tão difícil” afirmou.

O pedido de demissão acontece um dia após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter conclamado o empresariado a pressionar prefeitos e governadores pela reabertura do comércio.

O ex-ministro estava no cargo a convite do presidente desde a saída do médico Luiz Henrique Mandetta (Democratas) há exatamente um mês.

Teich não informou as causas da sua saída e apelou para que o plano de emergência elaborado pelo Ministério da Saúde sob sua gestão seja mantido. A liberação da cloroquina para o tratamento do novo coronavírus, que teria causado discordância entre a pasta e o poder executivo, não foi mencionada.

“Deixo um plano de trabalho pronto para auxiliar secretários municipais, prefeitos e governadores, para a gente entender o que está acontecendo e quais são os pontos críticos encontrados e ajudar na tomada de decisão” destacou o ex-ministro.

Entre as medidas, Teich recomendou a implantação de um sistema de testagem e atenção para carência de insumos hospitalares e equipamentos de proteção individual (EPI). Não houve menção ao isolamento social. Ao fim, agradeceu Bolsonaro pelo convite para o cargo e enalteceu o Sistema Único de Saúde (SUS).

“Nasci graças ao serviço público, minha faculdade foi pública e minhas residências foram em hospitais federais. Não aceitei pelo cargo, achei que poderia ajudar as pessoas” afirmou.

O subsecretário Eduardo Pazuello, que assumiu interinamente a pasta, participou da coletiva ao lado de Teich. Bolsonaro ainda não determinou sua nova indicação.

Publicado às 16h24

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