Política
TSE libera Tabata Amaral do PDT e deputada se torna 'clandestina'
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou, na noite desta terça-feira (25), a desfiliação da deputada federal Tabata Amaral, de São Paulo, do PDT, por justa causa, sem que a parlamentar precise abdicar de seu mandato.
Com a decisão, Tabata tem a permissão de deixar a sigla e compor outro partido ainda durante o atual mandato. O pedido foi feito pela parlamentar após o desentendimento com representantes do partido em 2019, quando votou a favor da reforma da previdência, junto com outros sete deputados federais do PDT, contrariando a determinação partidária de ser contra a aprovação da medida.
No pedido, a parlamentar alegou ter sido alvo de perseguições políticas dentro do partido por conta de seus posicionamentos diante de importantes decisões que estavam em andamento na Câmara, mesmo depois de ter acordado com o PDT sobre suas autonomias.
Durante o episódio, Tabata recebeu críticas por parte de muitos parlamentares companheiros de partido, como o presidente do PDT, Carlos Lupi, e o vice Ciro Gomes - que é pré-candidato a presidente em 2022. Na ocasião, ambos defenderam a saída da parlamentar do partido e ainda declararam que ela fazia parte de "partidos clandestinos".
Entre os sete ministros componentes do TSE, seis - incluindo o relator Sérgio Banhos - votaram a favor da aprovação da saída de Tabata Amaral do PDT, o único a votar contra foi o ministro Edson Fachin.
Após receber a decisão, a parlamentar se declarou, por meio das redes sociais, satisfeita com a aprovação, que a 'enche de esperança', já que, para ela 'é uma demonstração de que o caminho da boa política compensa', ainda reforça que não vai 'tolerar que a política seja pautada por interesses pessoais, embates de ódio e machismo'.
'Passados quase 2 anos desde que entrei com a ação de desfiliação do PDT, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reconheceu hoje o meu direito de sair do partido por justa causa, sem perder o mandato. Partidos democráticos, inclusivos e transparentes são fundamentais para o aprofundamento da nossa democracia e estou feliz por saber que agora, em outro partido, poderei contribuir para essa construção', declarou em nota.
Ainda não se sabe qual será o novo partido de Tabata Amaral, mas, de acordo com a parlamentar, quando obter a autorização da justiça para realizar a troca de partido, irá procurar por uma sigla que tenha um posicionamento que vá de encontro ao que acredita, que possua um viés de centro-esquerda e que se preocupe com as questões sociais e com o desenvolvimento econômico.
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