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    Política

    Vereadores de SG protagonizam confusão em sessão plenária

    Publicado 02/10/2019 às 19:54 | Autor: Matheus Merlim
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    Confusão aconteceu durante sessão plenária. Via TV Câmara/Reprodução

    A sessão plenária da Câmara de Vereadores de São Gonçalo, na noite de terça-feira (1º), terminou em agressão. O vereador Eduardo Gordo (MDB) deu um soco no Professor Paulo (PCdoB), após um embate dos dois sobre tempo de fala. O caso foi registrado na 72ªDP (Mutuá).

    Tudo aconteceu depois de uma hora e 10 minutos de sessão. O vereador Eduardo Gordo pediu direito a uma questão de ordem ou uma parte. Ou seja, solicitou um tempo para fazer um comentário durante a sessão.

    No entanto, o Professor Paulo questionou que questões de ordem não podem ultrapassar dois minutos e Gordo teria utilizado quase 10 minutos. O parlamentar do PCdoB, então, pediu que o presidente da Casa, Diney Marins, tomasse providências sobre o caso.

    O vereador Eduardo Gordo ficou irritado com a situação e começou a discussão. O parlamentar se excedeu e agrediu fisicamente o Professor Paulo, que não revidou.

    Para o parlamentar do PCdoB, situação como essa é ruim para a política de São Gonçalo. O vereador acrescenta afirmando que a violência não é um recurso político, mas sim uma tradução da falta de habilidade e de argumentos.

    "Fui agredido como vereador e como cidadão, isso é inaceitável numa democracia. Fere o estado democrático de direito. Hoje sou vítima, amanhã poderá ser outro vereador, e eu não desejo o que estou passando para nenhum dos meus colegas legisladores, não desejo para nenhuma pessoa", disse o Professor Paulo.

    O parlamentar ainda pretende encaminhar uma representação no Conselho de Ética da Câmara de Vereadores.

    "Como vereadores estamos submetidos ao Regimento Interno e, com base legal, agirei. Caberá ao colegiado dizer se este tipo de episódio é aceitável ou não", acrescentou o vereador.

    O diretório municipal do PCdoB também se pronunciou emitindo uma nota de repúdio à agressão e afirmou que a utilização deste expediente rebaixa o papel da Câmara e mancha o parlamento gonçalense.

    "Não nos abateremos nem nos calaremos. A sociedade condena o banditismo político e é nela que encontramos força todos os dias para continuarmos a nossa luta em defesa da cidade e do seu povo. Esperamos que o presidente da Câmara adote as medidas cabíveis, nos termos do código de ética da casa", exigiu a nota.

    Também em nota, a Câmara Municipal de São Gonçalo informou que repudia qualquer tipo de agressão. De acordo com a resposta, o presidente Diney Marins já tomou as medidas cabíveis e oficiou à Comissão de Ética.

    "Por mais que entenda que os temas debatidos na Casa despertem paixões e discussões acalaloradas, a Câmara entende que a violência não tem lugar no debate democrático e não pode nem deve ser utilizada sob qualquer pretexto", informou.

    O vereador Eduardo Gordo não foi localizado para responder sobre o caso.

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