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    Estilo de vida

    5 sintomas que sabotam a saúde e a qualidade de vida das mulheres 40+

    Entenda como a nutrição pode mudar esse jogo

    Publicado 02/11/2025 às 12:57 | Autor: Paulo Peçanha
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    a partir dos 40 anos o sono já não é o mesmo, o cansaço chega mais cedo
    a partir dos 40 anos o sono já não é o mesmo, o cansaço chega mais cedo |  Foto: Divulgação

    Você já percebeu que, depois dos 40, o corpo parece começar a “reclamar” mais? O sono já não é o mesmo, o cansaço chega mais cedo, a digestão fica mais lenta e o peso parece ter criado raiz. Para muitas mulheres, esses sinais são encarados como algo “normal da idade” mas, na verdade, são alertas de que o corpo precisa de atenção. O ritmo hormonal muda, o metabolismo desacelera e pequenas carências nutricionais podem se transformar em grandes vilãs da disposição e da autoestima.

    A boa notícia é que a nutrição tem um papel poderoso nesse processo. Ajustar a alimentação conforme as novas necessidades do organismo pode aliviar sintomas, melhorar a energia e até ajudar o corpo a voltar a responder como antes. Conheça (e talvez reconheça), os 5 sintomas muito comuns entre as mulheres 40+ e entenda como pequenas mudanças na alimentação podem transformar a saúde, o humor e a qualidade de vida nessa fase.

    Afinal, o que muda tanto por dentro que reflete tanto no dia a dia?

    A partir dos 40, o corpo feminino passa por uma verdadeira dança hormonal. A produção de estrogênio e progesterona começa a oscilar, o que impacta diretamente o humor, o sono, a disposição e até o modo como o corpo armazena gordura. O metabolismo desacelera, a massa muscular tende a diminuir e o equilíbrio entre fome e saciedade se altera. É como se o organismo, que antes funcionava em piloto automático, passasse a exigir mais cuidado, estratégia e escuta.

    Essas mudanças internas refletem no cotidiano de forma silenciosa, mas constante: o cansaço se torna rotina, a mente fica mais confusa, o intestino perde o ritmo e o corpo parece resistir a qualquer tentativa de emagrecimento. Mas, longe de ser o fim da linha, esse é o momento ideal para ajustar as velas. Com o apoio da nutrição certa, o corpo pode reencontrar o equilíbrio e voltar a funcionar com mais leveza, energia e vitalidade.

    5 sintomas mais comuns nas mulheres 40+ e o que pode ajudar a combate-los

    Com tantas transformações internas acontecendo, é natural que o corpo envie sinais pedindo ajustes. Alguns desses sintomas passam despercebidos, outros afetam diretamente a rotina e o bem-estar.

    1 - Cansaço constante e falta de energia

    Com a queda de estrogênio e progesterona, há redução da oxigenação celular e aumento do estresse oxidativo. Além disso, a má qualidade do sono e o excesso de cortisol drenam a vitalidade.

    Possíveis carências:

    Ferro, magnésio, complexo B e coenzima Q10.

    Alimentos que ajudam:

    • Espinafre, feijão e lentilha (ferro e magnésio)

    • Ovos e abacate (vitamina B5 e B6)

    • Peixes gordos, como salmão e sardinha (CoQ10 natural)

    • Cacau 70% e oleaginosas (magnésio e energia celular)

    2 - Alterações de humor, ansiedade e irritabilidade

    O que acontece:

    As flutuações hormonais reduzem a serotonina e dopamina, afetando o humor e a sensação de prazer. O cérebro feminino nessa fase é mais sensível à inflamação e ao açúcar.

    Possíveis carências:

    Triptofano, ômega-3, magnésio e zinco.

    Alimentos que ajudam:

    • Banana e aveia (triptofano para produção de serotonina)

    • Peixes de águas frias e linhaça (ômega-3)

    • Castanha-do-pará e sementes de abóbora (zinco e magnésio)

    • Cacau puro e iogurte natural (estímulo de dopamina e relaxamento)

    3 - Insônia e sono leve

    O que acontece:

    A queda de melatonina e progesterona prejudica o relaxamento noturno e aumenta a frequência de despertares. O cortisol alto também impede o corpo de “desligar”.

    Possíveis carências:

    → Magnésio, triptofano e vitamina B6.

    Alimentos que ajudam:

    • Aveia, banana e iogurte natural (triptofano)

    • Sementes de girassol e amêndoas (magnésio)

    • Chá de camomila ou mulungu antes de dormir

    • Kiwi — rico em antioxidantes que estimulam o sono profundo

    4 - Queda de cabelo e unhas fracas

    O que acontece:

    A redução de estrogênio diminui a oxigenação dos folículos e a absorção de proteínas. O estresse e dietas restritivas pioram o quadro.

    Possíveis carências:

    Ferro, zinco, biotina e proteínas de alto valor biológico.

    Alimentos que ajudam:

    • Ovos (biotina e proteína)

    • Feijão, lentilha e beterraba (ferro)

    • Sementes de abóbora e castanha-de-caju (zinco)

    • Peixes e carnes magras (aminoácidos essenciais)

    5 - Acúmulo de gordura abdominal e dificuldade para emagrecer

    O que acontece:

    Com o estrogênio mais baixo, há redistribuição de gordura para a região central do corpo. Soma-se o cortisol alto, a perda muscular e o intestino mais lento.

    Possíveis carências:

    Proteínas, fibras e antioxidantes.

    Alimentos que ajudam:

    • Frutas vermelhas e chá verde (antioxidantes que reduzem inflamação)

    • Ovos, frango e peixes (preservam massa magra)

    • Aveia, chia e linhaça (melhoram trânsito intestinal)

    • Água e vegetais verde-escuros (desintoxicação natural e saciedade)

    Dieta não é tudo! O que fazer além da dieta para regular o metabolismo

    Embora a alimentação seja o pilar central, regular o metabolismo vai muito além da dieta. O sono, por exemplo, é um dos maiores reguladores hormonais do corpo. Dormir pouco aumenta o cortisol (hormônio do estresse) e reduz a sensibilidade à insulina, dificultando a queima de gordura.

    Aspas da citação
    A prática regular de atividade física, especialmente treinos de força, ajuda a preservar a massa muscular, que é o verdadeiro motor do metabolismo.
    Paulo Peçanha, nutricionista e preparador físico
    Aspas da citação

    Além disso, manejar o estresse e cuidar da saúde mental são atitudes indispensáveis. A ansiedade e o cansaço emocional podem alterar hormônios como o cortisol e a grelina, estimulando a fome e a compulsão por doces. Portanto, cuidar do corpo envolve também cuidar da mente e do estilo de vida. A soma desses fatores - alimentação, sono, treino e equilíbrio emocional - é o que realmente transforma o metabolismo e prolonga a vitalidade após os 40.

    Viva bem os próximos 40 anos

    Depois dos 40, o corpo feminino não precisa de restrição — precisa de estratégia e nutrição inteligente. Cada sintoma é um aviso silencioso de que algo precisa ser ajustado, e não um sinal de fraqueza. Ouvir o corpo é o primeiro passo para cuidar melhor dele. Por isso, o acompanhamento com um nutricionista é fundamental: é ele quem identifica carências, reequilibra o metabolismo e ajusta a alimentação de forma personalizada. Assim, é possível recuperar a energia, o equilíbrio e a vitalidade, provando que o tempo pode passar mas o bem-estar pode (e deve) continuar evoluindo.

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