Fominha

Pescador registra cobra saindo de 'anaconda'; vídeo

Imagens impressionantes foram capturadas em Goiás

A sucuri-verde (Eunectes murinus), também conhecida como anaconda, é a maior serpente encontrada no Brasil
A sucuri-verde (Eunectes murinus), também conhecida como anaconda, é a maior serpente encontrada no Brasil |  Foto: Reprodução / Youtube
 

Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostrando uma sucuri-verde regurgitando uma cobra viva da mesma espécie, chamou a atenção dos pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo.

O registro foi feito pelo pescador Marcelo Parreira, no reservatório de uma usina hidrelétrica, no município de Caçu, sudoeste de Goiás. De acordo com o Butantan, as imagens fornecem informações valiosas sobre o relacionamento entre os animais dessa espécie.

A sucuri-verde (Eunectes murinus), também conhecida como anaconda, é a maior serpente encontrada no Brasil, com as fêmeas atingindo até seis metros de comprimento, quase o dobro do tamanho dos machos. No vídeo, aparentemente, a fêmea regurgitou o macho com o qual teria se acasalado horas antes. 

 

O pescador compartilhou o vídeo em sua conta no Instagram e escreveu: "Há alguns dias, tive a oportunidade de presenciar esse encontro. Sem dúvida, foi um presente de Deus e da natureza. Acredito que seja uma cena rara de se ver: uma sucuri gigante regurgitando outra menor. Fiquei sem entender nada, apenas contemplei." O vídeo foi compartilhado no YouTube e já acumulou mais de um milhão de visualizações.

Pesquisadores estão reunindo informações sobre o comportamento das duas sucuris-verdes
  

O pescador contou que, antes de sair da água, a sucuri passou ao lado de seu barco, e ele ficou impressionado com o tamanho da serpente. Ele estimou que a cobra tinha entre cinco e seis metros de comprimento, quase o mesmo tamanho do seu barco.

A sucuri-verde é a maior serpente da América do Sul, encontrada em regiões alagadas. É considerada uma das maiores serpentes do mundo, disputando o primeiro lugar com a píton africana. Essas cobras podem ultrapassar os cinco metros de comprimento e pesar mais de 90 quilos. No Instituto Butantan, há uma pele preservada da espécie que pode ter pertencido a uma serpente de 7,6 metros de comprimento.

A pesquisadora Selma Almeida Santos, do Instituto Butantan, responsável pela análise das imagens, sugere que um macho solitário pode ter se tornado uma presa da fêmea durante uma tentativa de acasalamento. Normalmente, segundo ela, os machos de sucuri se aglomeram em torno de uma única fêmea para reprodução. O canibalismo entre sucuris, ou seja, o ato de uma serpente devorar outra da mesma espécie, é incomum, mas casos semelhantes já foram registrados.

Os pesquisadores do Instituto estão reunindo informações sobre o comportamento das duas sucuris-verdes envolvidas nesse episódio, com o objetivo de publicar um estudo detalhado sobre o assunto.

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