Representantes da polícia penal travam um embate com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). De acordo com o Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Rio, o motivo da discórdia seria a proposta de criação da lei orgânica. Na manhã desta quarta-feira (12), os servidores fizeram uma manifestação na sede do órgão no Centro do Rio alegando desprestígio com a categoria.
Segundo Gutembergue de Oliveira, presidente do Sindicato, na gestão anterior uma minuta já havia sido discutida com a categoria e já estava pronta para ser encaminhada para o governo, quando houve a mudança de gestão que ocorreu em agosto de 2021.
"O secretário Fernando Veloso refez a minuta em desprestígio da categoria. Ele [Veloso] está retendo a nossa minuta para encaminhar duas folhas feitas conforme a vaidade dele. Nosso movimento movimento é à favor da dignidade da categoria", disse.
De acordo com Gutembergue, existem diferenças entre a minuta da categoria e o texto imposto pelo Secretário.
"O texto amplamente discutido e debatido, é que a minuta da categoria definiu as atribuições do órgão Policial Penal e do cargo de natureza policial penal. Além de outros pontos importantes que o secretário quer suprimir, como por exemplo o nível superior para ingresso na carreira, e outras atribuições já desempenhadas pela categoria como a recaptura de evadidos e foragidos do Sistema Prisional", destacou.
Impasse
O presidente do sindicato alega também que desde que assumiu a gestão da Seap, Veloso mostrou-se inábil no trato com a categoria e com a representação sindical.
"Se valeu de um prestígio e reputação para uma suposta solução de problemas decorrentes de ex-secretários que foram exonerados por crises no sistema. Com isso substimou e tentou subjugar a categoria aos seus caprichos", afirmou.
Gutembergue atentou que ficou marcada uma nova Assembleia da categoria para a próxima segunda-feira (18), no Complexo Penitenciário de Gericinó, às 17 horas, em Bangu na Zona Oeste do Rio.
Questionada sobre as alegações do sindicato, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) ainda não respondeu até a publicação da reportagem.
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