Polícia
PM 'sufoca' tráfico após empresa ser expulsa de Niterói
Menos de quinze dias após uma empresa de internet ter sido ameaçada e expulsa por criminosos do Engenho do Mato, na Região Oceânica de Niterói, policiais militares do Batalhão de Niterói (12ºBPM) montaram uma força-tarefa para coibir essa prática criminosa naquela região. Na última semana, cinco acusados de envolvimento com o tráfico local foram detidos pelos agentes durante patrulhamentos rotineiros realizados no bairro.
De acordo com o comandante da 5ºCIA, capitão Aislan Santos, as ações buscam devolver a tranquilidade para os funcionários da empresa que sofreu reprimendas de criminosos no fim do ano passado. Segundo ele, equipes da unidade seguem realizando patrulhamento naquela região com esse objetivo por tempo indeterminado.
"Estamos com viaturas diariamente no Engenho do Mato com o objetivo de trazer segurança e tranquilidade para os funcionários das empresas trabalharem. Já estamos em contato direto com os responsáveis pelas empresas e nos colocamos à disposição para qualquer necessidade. A polícia militar estará sempre presente naquela região. Efetuamos a prisão de 5 envolvidos com o tráfico de drogas na última semana e estaremos combatendo essa prática que o tráfico está usando de intimidação e doutrinamento", disse o comandante da Companhia.
Nos últimos meses, a provedora de internet tem sido vítima de ameaças criminosas no Engenho do Mato, na Região Oceânica de Niterói. O último aconteceu no fim do ano passado, quando funcionários sofreram as retaliações durante um reparo do serviço oferecido pela empresa.
Após os recentes casos, a empresa de provedora de internet informou que não está enviando equipes para alguns locais do bairro Engenho do Mato, já que, em alguns casos, os funcionários da empresa foram ameaçados e chegaram a ouvir dos criminosos que eles iriam “caçar-los” em caso de novas visitas nessas regiões.
A equipe do Enfoco foi até o bairro, na última terça-feira (4), e ouviu relato de moradores de áreas próximas a comunidades que relataram que a expulsão da provedora de internet tem causado transtornos para quem reside no bairro. Os criminosos obrigam os residentes a consumirem a internet clandestina oferecida por eles que possui uma qualidade bem inferior às empresas legalizadas.
“Nessa história toda quem sofre são os moradores de bem, que contam agora com uma internet péssima. E quem tem coragem de reclamar? Quem mora em comunidade sabe como funciona com que reclama de bandidos. Esperamos que a polícia entre em ação e possamos a voltar a ser como era antes. Moro aqui há mais de vinte anos e nunca tinha passado por isso”, disse um servidor público, que preferiu não se identificar.
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