Moradores do bairro Amendoeira, em São Gonçalo, denunciam a expansão de criminosos na região e a ousadia praticada por eles. Relatos dão conta de que bandidos estão impedindo o acesso a ruas e vias do bairro com barricadas, colocadas para dificultar a entrada de policiais, e que chegou a fazer uma vítima depois por não conseguir ser socorrida por uma ambulância. Em frente a uma unidade municipal de ensino do bairro também há relatos da instalação de uma boca de fumo.
Apesar das ações de retiradas dos bloqueios, realizadas por policiais militares e pela Prefeitura de São Gonçalo em diferentes comunidades, moradores de algumas regiões ainda reclamam das instalações dos obstáculos impostos pelos traficantes.
Segundo uma denúncia, desde 2020 a localidade vem sofrendo com as ações de criminosos com as instalações dos bloqueios.
“Encontramos o nosso direito constitucional de ir e vir anulado. O bairro está repleto de barricadas, no qual todas as vias de acesso, sem exceção, encontram-se bloqueadas”,
Morador
Com os bloqueios, serviços essenciais, como ambulâncias, caminhão da coleta de lixo e até mesmo viaturas, ficam quase que impedidos de entrar na comunidade. Ainda segundo o morador, uma senhora não conseguiu socorro médico e morreu dentro de casa.
“Recentemente uma moradora, que já tinha uma idade avançada, passou mal e não pôde ser socorrida, pois a ambulância não conseguiu acessar a rua de sua casa em virtude das barricadas e ela faleceu", contou.
Boca de fumo
Ainda segundo a denúncia, além dos obstáculos, a ousadia dos criminosos atingiu também uma escola, com a instalação de um boca de fumo em frente à unidade Municipal Beatriz Eliane Cordeiro Santos, localizada na Estrada do Coelho.
Questionada sobre o caso, a Polícia Militar informou que as ações para remoção de barricadas colocadas em vias públicas são planejadas seguindo informações oriundas de denúncias e do setor de inteligência, sendo respeitadas as determinações atualmente vigentes e contando com apoio de órgãos de outras esferas do poder público que contam com maquinários adequado para retirada de tais artefatos.
Sobre a escola, a polícia informou ainda que o batalhão de São Gonçalo (7º BPM) emprega ações ostensivas na região, de forma dinâmica e alinhada com os dados da mancha criminal.
Procurada, a Secretaria de Educação de São Gonçalo informa que ainda não recebeu denúncia sobre o caso e que, sempre que notificada, aciona a Polícia Militar para garantir a segurança de alunos e profissionais da educação.
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