Política

Ato de combate à transfobia na Câmara Municipal de Niterói

Imagem ilustrativa da imagem Ato de combate à transfobia na Câmara Municipal de Niterói
|  Foto: Antigos funcionários ameaçam acionar a Casa na Justiça por conta de irregularidades. Foto: Pedro Conforte
O evento Diversidade, Luta e Visibilidade está previsto para acontecer na quinta-feira (27), a partir das 18h. Foto: Arquivo/Pedro Conforte

O Dia Nacional da Visibilidade Trans será celebrado na Câmara Municipal de Niterói na próxima quinta-feira (27), a partir das 18h, no auditório da instituição. O evento Diversidade, Luta e Visibilidade é uma iniciativa conjunta do mandato da vereadora Walkíria Nictheroy (PCdoB), da ONG Grupo Diversidade Niterói (GDN) com a Coordenadoria de Defesa dos Direitos Difusos e Enfrentamento à Intolerância Religiosa (CODIR), da prefeitura. 

Durante a atividade serão homenageadas pessoas que se dedicam ao combate à transfobia, a promoção da cidadania, a equidade e a garantia de direitos para todos na sociedade. A vereadora Walkíria falou sobre a importância de combater o preconceito. 

"O dia da visibilidade trans é uma data de demarcação sobre a necessidade de ampliar direitos civis e sociais. No Brasil, essa data é muito mais importante porque o Brasil é o país onde mais se mata travestis e transsexuais no mundo. A expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil é de somente 37 anos, isso é muito assustador. Receber e homenagear pessoas trans na Câmara significa afirmar que essas pessoas também fazem parte da construção de nossa sociedade, portanto, têm os mesmos direitos que os demais", afirma.

Apesar de a transfobia ser crime no Brasil desde 2019, o país segue na triste liderança pelo 13° ano consecutivo como o que mais mata pessoas trans e travestis no planeta. O número de assassinatos de mulheres trans e travestis é o maior desde 2008, ano em que o dado começou a ser registrado.

Conforme o relatório de 2021 da Transgender Europe (TGEU), que monitora dados globalmente levantados por instituições trans e LGBTQIA+, 70% de todos os assassinatos registrados aconteceram na América do Sul e Central, sendo 33% no Brasil, seguido pelo México, com 65 mortes, e pelos Estados Unidos, com 53.

Os dados apontam também que, nos últimos 13 anos, pelo menos 4.042 pessoas trans e de gêneros diversos foram assassinadas entre janeiro de 2008 e setembro de 2021. 

O levantamento revela ainda que entre outubro de 2020 e setembro de 2021 foram registrados 375 assassinatos no mundo, o que representa um aumento de 7% em relação ao ano anterior. O relatório mostra que o Brasil teve 125 mortes.

Por outro lado, só no ano de 2020, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais reportou 175 transfeminicídios e mapeou 80 mortes no primeiro semestre de 2021. 

"É do interesse de todos combater a transfobia. Em tempos de barbárie, como estamos vivendo, as minorias são as mais atacadas, mas essa violência atinge a todos. Combater a violência praticada contra a população trans é um avanço no caminhoda humanidade", finalizou a vereadora Walkíria Nictheroy. 

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