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    Fazenda tombada pelo IPHAN está abandonada há anos em São Gonçalo

    Publicado 06/07/2017 às 13:08 | Autor: Plantão Enfoco
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    Uma cena que se repete desde 2012, quando o Comando de Policiamento Ambiental (CPAm) da Polícia Militar foi retirado de lá, o abandono na Fazenda Colubandê continua perturbando o sono de quem mora no bairro Colubandê, em São Gonçalo. Vândalos, que talvez não saibam o valor histórico da fazenda, invadiram o espaço e destruíram as janelas e portas do antigo casarão e saquearam o altar banhado a ouro da capela de capela de Sant’Ana. A ação criminosa ocorreu em janeiro deste ano, dias antes da Justice Federal determinar que o governo do estado protegesse o local de forma ininterrupta.

    Atualmente a fazenda é vigiada apenas por um vigilante que é funcionário da Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz), que sozinho tenta garantir a segurança do espaço.

    Em nota, Sefaz explica que: "Foi expedida e publicada Autorização Provisória ao município de São Gonçalo no dia 10/06/2016, que incluía o direito ao uso e o dever de guarda e conservação da Fazenda Colubandê. Em maio de 2017, o município informou que não tinha mais interesse em administrar o imóvel. Desde o dia 30/05/2017, a Fazenda Colubandê passou à administração da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, que já instalou uma companhia destacada do 7° BPM no interior da Fazenda e, neste momento, desenvolve estudos para ocupação da sede administrativa".

    Nesse troca-troca de responsabilidades, os moradores do Colubandê reclamam da falta de policiamento. O mato se espalha por todo o terreno e as paredes do casarão estão pichadas.

    "A fazenda Colubandê é o maior patrimônio histórico da nossa cidade. Sua história é linda e ver um espaço como esse abandonado pelo poder publico e sendo destruído é muito triste. Estão acabando com aquilo que é nosso", reclama o morador José Antônio, de 43 anos.

    Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) explica em nota que há tempos vem cobrando dos órgãos responsáveis a restauração do complexo.

    ‘’A responsabilidade pelos bens tombados é sempre do proprietário, nesse caso, o Governo do Estado, que tem que elaborar um projeto de restauração e destinação de uso para o local, sem isso, o imóvel continuará se degradando, mesmo se for restaurado”, garante o Instituto.

    Enquanto ninguém assume a responsabilidade, o maior patrimônio histórico do município de São Gonçalo continua gritando por socorro.

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