Não encantou

Vasco cria pouco e empate sem gols com o Cruzeiro em São Januário

Cruz-Maltino se mantém fora da zona de rebaixamento

Mesmo sem tomar gol, partida não alegrou torcedores cruz-maltinos
Mesmo sem tomar gol, partida não alegrou torcedores cruz-maltinos |  Foto: Reprodução/Cruzeiro/X (antigo Twitter)

O empate de 0 a 0 em São Januário refletiu bem o que foi o jogo entre Vasco e Cruzeiro, com muita transpiração e pouquíssima qualidade para criar chances. Embora o tropeço em casa seja ruim e o desempenho tenha sido fraco, o Cruz-Maltino teve algumas boas notícias: além de não sofrer gol, a equipe sofreu poucas finalizações (oito), protegendo melhor sua área.

No entanto, o caminho ainda é muito longo, principalmente devido aos muitos erros e pouca inspiração ofensiva. Com o empate após duas duras derrotas, o time conseguiu sair da zona de rebaixamento do Brasileirão após a nona rodada, somando sete pontos. A preocupação com o clima, porém, permanece, já que houve pelo menos dois focos de confusão entre vascaínos na arquibancada.

Jogo

Pressionado após as péssimas atuações nas derrotas para Flamengo e Palmeiras, o Vasco voltou a São Januário com um time bastante modificado. Álvaro Pacheco abandonou o esquema com três zagueiros e escalou Paulo Henrique na lateral-direita, o jovem de 19 anos JP no meio (estreando como titular após apenas 16 minutos em campo como profissional) e Adson no ataque. Lucas Piton foi vetado no vestiário devido a uma indisposição gástrica.

Com essas mudanças, o Cruz-Maltino ficou mais equilibrado e melhor distribuído, especialmente no meio de campo, protegendo melhor sua área, apesar da menor qualidade do Cruzeiro em relação aos últimos dois adversários. No entanto, o desempenho geral ainda foi fraco.

Embora não tenha passado sufoco na defesa, o Vasco também não assustou no ataque. Em meio a um deserto de ideias e muitos erros de passes de ambos os lados, o time só finalizou pela primeira vez aos 31 minutos, com um chute de fora da área de Victor Luís, defendido pelo goleiro. Na melhor chance da primeira etapa, Vegetti cabeceou fraco na pequena área aos 36 minutos.

O clima em São Januário oscilou entre apoio durante o jogo e irritação com os muitos erros dos pouco mais de 11 mil torcedores, número abaixo dos últimos jogos. No intervalo, houve dois princípios de confusão na arquibancada, mas os ânimos acalmaram, especialmente pelo início do segundo tempo, quando o Cruz-Maltino conseguiu ficar mais no ataque e finalizar, embora sem levar perigo devido aos erros técnicos.

Apesar das dificuldades, o Vasco tentou pressionar, inclusive com quatro atacantes (Serginho entrou no lugar do apagado JP e David no de Rossi). Aos 30 minutos, Zé Gabriel teve a melhor chance de abrir o placar após desvio de Vegetti em escanteio, mas Anderson fez uma grande defesa.

Aos 35 minutos, o Vasco pediu pênalti em chute de Puma que bateu no braço de Marlon, que estava no gramado, mas o árbitro Rafael Klein mandou seguir, assim como o VAR. Na arquibancada, nova confusão rapidamente resolvida e, ao fim do jogo, muitas vaias ao time.

Embora o Vasco tenha mostrado uma defesa mais sólida, o time ainda enfrenta muitos desafios, especialmente no ataque. O empate trouxe um alívio momentâneo ao tirar o time da zona de rebaixamento, mas o clima de insatisfação entre os torcedores indica que há muito trabalho a ser feito para melhorar o desempenho e evitar futuras crises.

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