As fortes chuvas que atingem todo o estado do Rio Grande do Sul há cerca de 10 dias mobilizaram dezenas de pessoas, que se solidarizaram e compareceram, nesta terça-feira (7), no Complexo Esportivo Caio do Matins, em Icaraí, na Zona Sul de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, um dos pontos de apoio para aqueles que querem enviar doações para as pessoas vítimas da tragédia no Sul.
De acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, na segunda-feira (6), havia 364 municípios afetados; 155.741 pessoas desalojadas, e 48.147 pessoas temporariamente em abrigos. O balanço aponta ainda 132 pessoas desaparecidas, 90 mortes confirmadas decorrentes dos temporais e outros quatro óbitos em investigação para confirmar se há relação com os eventos meteorológicos recentes.
Leia +: Surfista de Niterói embarca para auxiliar resgates no RS
Leia +: Niterói se une para ajudar vítimas das chuvas no RS; saiba como
Toda essa situação mobilizou a corretora de seguros Clarissa Torres, de 39 anos. Moradora da Cidade Sorriso, ela está chocada com toda a destruição causada no Sul e se sentiu na obrigação de tentar ajudar.
“É realmente muito triste ver tudo isso acontecendo lá no Rio Grande do Sul. A gente vê cada vídeo da tragédia que é assustador. Mas a verdade é que isso não mostra nem 10% do que realmente está acontecendo lá, não temos noção da destruição total. A situação está feia. A gente precisa tentar ajudar de alguma maneira”, disse a corretora, que ainda lembrou a tragédia do Morro do Bumba, em Niterói, em 2011.
Nós já passamos por uma situação parecida com o Morro do Bumba, né? Então, chegou a nossa hora de ajudar o próximo também. É necessário é importante todo mundo se juntar e se ajudar. Eu trouxe 60 garrafas de água mineral, 48 sabonetes e 10 caixas de pasta de dente. Clarissa Torres, Corretora de seguros
O mesmo aconteceu com a aposentada Elza Bueno, de 80 anos, e moradora de Icaraí. Com o objetivo de tentar amenizar o sofrimento das pessoas que ficaram desalojadas ou desabrigadas, ela fez sua parte e também fez sua doação.
“Sempre quando acontece essas tragédias, me mobilizo e tento ajudar. Gostaria de conseguir mais, mas com o pouco que ajudo, eu faço de coração. São nossos irmãos. Temos que ajudar. Hoje eu trouxe roupas e itens de higiene. Amanhã eu volto para trazer mais”, relatou a aposentada.
Como doar?
Para aqueles que desejam doar, as lojas Lojas Eskimó, China in Box, Leroy Merlin, e a escola de samba Unidos do Viradouro estão atuando como pontos de doação na cidade.
Alguns dos itens de preferência para coleta são: água potável e alimentos não perecíveis; roupas (limpas e em bom estado); cobertores e colchões; itens de higiene pessoal e produtos de limpeza.
A loja Eskimó afirmou que, além do Rio de Janeiro, também vai atuar como pontos de coleta nos demais estados do Brasil.
Além dessas, a Cruz Vermelha também está recolhendo doações, no estádio Caio Martins. A preferência é de que as pessoas já levem os materiais separados por tamanho, já que a equipe de voluntários está reduzida. Por exemplo: roupa de adulto masculino, roupa de adulto feminino, roupa infantil, cada um em sacos diferentes.
O Mercado Municipal de Niterói também está coletando doações via Pix. As transações podem ser feitas para a chave 92.958.800/0001-38 (CNPJ). Ao realizar o pix, vai aparecer o nome do destinatário Associação dos Bancos No Estado do Rio Grande do Sul - e o banco da conta - BanriSul.
A quadra da Unidos do Viradouro também será ponto de coleta de doações, a partir desta terça (7) até sábado (11). Quem quiser colaborar, pode levar água mineral (1,5 a 2 litros), leite em pó, itens de higiene pessoal, fraldas e cobertores, das 9h às 17h, no sábado, a partir das 14h.
Tags
