Economia

Bolsa de Valores vai voltar ao Rio e promete 'boom' de empregos

Com iniciativa, cidade reintegra ao mapa do mercado financeiro

O prefeito Eduardo Paes assinou sanção da lei de incentivos, nesta quarta, na sede da ACRJ
O prefeito Eduardo Paes assinou sanção da lei de incentivos, nesta quarta, na sede da ACRJ |  Foto: Divulgação / ACRJ

A criação de incentivos para instalação da nova Bolsa de Valores na cidade do Rio de Janeiro (BVRJ) está perto de acontecer, com altas chances de novos empregos e movimentação da economia já a partir do ano que vem.

É que a iniciativa da prefeitura foi aprovada através de Projeto de Lei, no último dia 25, na Câmara de Vereadores, com 37 votos a favor e 5 contra, e sancionada, nesta quarta-feira (3), pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), em cerimônia na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), no Centro.

A aprovação abre espaço para a instalação na cidade de uma Bolsa de Valores, colocando o Rio novamente no mapa do mercado financeiro.

'Vai gerar empregos e negócios, estimular a concorrência e atrair capital', enfatiza o prefeito

O presidente da ACRJ, Josier Vilar, também comemorou a volta da Bolsa de Valores ao Rio. 

“Ter de volta uma Bolsa de Valores no Rio de Janeiro será um marco na revitalização da economia e do ecossistema empresarial de nossa cidade e Estado. É o Rio voltando a ser um lugar atrativo para se investir e empreender “, disse Josier Vilar. 

A cidade foi sede da BVRJ, descontinuada em 2002, quando foi incorporada pela Bolsa de Valores de São Paulo, criando a B3 S.A. – Brasil, Bolsa e Balcão. Além disso, o Rio é sede da Comissão de Valores Mobiliários, que regulamenta esse mercado, e de grandes gestoras e empresas.

"Deem as boas-vindas à Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, que representa a retomada do protagonismo econômico de nossa cidade, é bom pros cariocas, pra paulistada e para todo o Brasil", disse o prefeito Eduardo Paes, nesta quarta, em vídeo bem-humorado nas redes sociais. Veja abaixo:

Mudanças

O Projeto de Lei, de iniciativa da Prefeitura, altera a redação do artigo 33 da Lei Municipal nº 691, de 24 de dezembro de 1984, reduzindo para 2% o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) que incide sobre as atividades a serem desempenhadas por uma bolsa de valores, mercadorias e futuros, bem como sobre as atividades exercidas por sociedades que atuam na negociação, liquidação e custódia de ativos financeiros.

Vantagens

Em audiência pública, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, apresentou aos vereadores as vantagens de se estimular a instalação de uma nova Bolsa de Valores no país, sediada na cidade do Rio.

O secretário destacou o impacto deste mercado na economia e destacou a aprovação pela Câmara de projetos como o ISS Neutro, além de citar que ações da prefeitura viabilizaram a instalação no Rio da bolsa de crédito de carbono, parceria da B3 com a ACX Brazil.

É uma conquista importante para cidade, claro, e vai ao encontro a todo o trabalho que temos feito para atrair mais investimentos para o Rio. Com a possibilidade de vinda da Bolsa para o Rio nós ajudamos a consolidar esse mercado novamente, e abrimos espaço para a criação de oportunidades de trabalho de mais qualidade para os cariocas, movimentando a economia do Rio Chicão Bulhões, ecretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico

R$ 1,5 bilhão arrecadados

O setor financeiro, no triênio 2021-2023, foi o quarto maior pagador de impostos (ISS) do Rio, com o valor de R$ 1,5 bilhão, segundo dados da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento (SMFP) compilados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE).

Esse montante representou 9,1% da arrecadação total. O setor conta com 68,5 mil trabalhadores (3,7% dos trabalhadores cariocas), gerando 2,7 mil novos empregos entre 2021-2023. Além disso, o trabalhador do setor financeiro carioca ganha R$ 9,5 mil por mês, um valor bem superior à média do trabalhador brasileiro (3,8 mil por mês).

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