Dica
O Caminho para a Eternidade - O encontro que todos precisamos
A poderosa e necessária mesagem do filme
Recentemente assisti ao filme O Caminho para a Eternidade (2010), disponível gratuitamente no YouTube, e achei interessante vir aqui na coluna compartilhar minha visão e recomendar que você também assista. Não se trata de uma superprodução ou de um filme premiado — longe disso — mas é justamente essa simplicidade que abre espaço para uma mensagem espiritual profunda, capaz de tocar corações que estão prontos para ouvir.
Nem sempre os grandes ensinamentos da vida vêm embalados nas melhores produções cinematográficas. O Caminho para a Eternidade (2010) não é exatamente um primor técnico: o roteiro é simples, os diálogos às vezes forçados, e a atuação pode parecer um pouco artificial. Mas como terapeuta holística e observadora da alma humana, posso afirmar com toda a sinceridade: a mensagem que esse filme carrega é poderosa e merece ser ouvida.
A trama nos leva a uma lanchonete isolada onde cinco pessoas, impedidas de seguir viagem por um bloqueio na estrada, encontram um homem misterioso que se apresenta como Jesus. Cada personagem representa um aspecto humano em conflito: a dor, o orgulho, o medo, a descrença. E ali, naquele espaço simbólico e atemporal, todos são convidados a fazer uma escolha — a escolha de seguir em frente, não apenas na estrada, mas dentro de si mesmos.
O empresário
Quero destacar aqui um personagem que me tocou profundamente: o empresário bem-sucedido, racional, aparentemente no controle de tudo. Ele representa muitas pessoas que vejo, inclusive nas sessões terapêuticas, que confundem espiritualidade com renúncia material. Seu maior medo não era Jesus — era a possibilidade de que, ao aceitar Jesus, perdesse tudo: o dinheiro, o prestígio, a estabilidade que construiu com esforço.
Essa confusão é muito comum. Ainda hoje, muitas pessoas acreditam que para se aproximar do divino é preciso sofrer, empobrecer, abrir mão de toda a abundância da matéria. Mas o problema nunca está no dinheiro — está na crença. No apego, na resistência em se abrir ao amor, no medo de perder o controle da própria vida. Ter dinheiro não é pecado, nunca foi. O que desequilibra é quando o dinheiro se torna uma barreira para o coração, um argumento para não confiar, uma desculpa para não sentir.
Esse personagem me lembrou que muitas vezes dizemos “não” ao chamado da alma porque achamos que vamos precisar abrir mão de tudo. E a verdade é que o que se pede não é que a gente perca, mas que a gente se alinhe.
Que a gente permita que as posses não possuam a nossa alma.
Que a gente continue sendo abundante, mas com consciência, com propósito, com entrega.
O Jesus desse filme não exige pobreza. Ele não faz ameaças. Ele é sereno, direto, amoroso — convida, propõe, espera. Não está ali para condenar, mas para lembrar que o amor está sempre disponível, mesmo quando a gente insiste em fugir.
O Caminho para a Eternidade
Assistir a esse filme com olhos espirituais pode ser uma experiência transformadora. Mesmo com suas limitações técnicas e certa rigidez nos diálogos, ele toca em questões universais que atravessam todas as tradições religiosas: fé, escolha, rendição, amor, e principalmente, a coragem de olhar para dentro.
O Caminho para a Eternidade não é sobre religião. É sobre reencontro. É sobre perceber que, em algum momento da jornada, todos nós acabamos em uma “lanchonete espiritual”, sendo convidados a fazer uma escolha essencial: seguir como estamos ou abrir espaço para algo maior nos guiar.
Não é sobre estética. É sobre essência. E essa, posso garantir, vale a pena ser contemplada.
Com amor e propósito,


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