Análise

Ainda vale a pena se inscrever para o Big Brother Brasil?

Reality mudou a forma de escolher o elenco

Produção não assiste a todos os vídeos de inscrição
Produção não assiste a todos os vídeos de inscrição |  Foto: Reprodução/Rede Globo
 

Se você é uma daquelas pessoas que, assim como milhares ou até milhões de brasileiros, sonham em participar do maior reality brasileiro da televisão, o Big Brother Brasil, da TV Globo — a análise sobre o programa pode não te deixar muito feliz.

Isso porque a forma que a equipe escolhe o elenco mudou ao longo dos anos e isso prejudica diretamente as pessoas que não possuem contato com alguém que possa indicá-las para participar da seleção. Principalmente aquelas pessoas que são mais humildes e de baixa renda.

Nas primeiras edições do programa, o que conquistava o público era o elenco formado por pessoas que realmente não tinham dinheiro, pois a participação no BBB mudaria completamente a realidade daquele participante.

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Atualmente, os participantes escolhidos, em sua maioria, não precisariam participar do reality global, e olha que eu não estou falando do grupo 'Camarote', que é formado por artistas renomados.

Mas parece que o programa perdeu a essência. Um exemplo disso é Marília, participante do BBB 23, que foi selecionada como integrante do grupo 'Pipoca', mas possuía quase um milhão de seguidores só no Instagram.

Era mais fácil ela ter entrado no grupo dos famosos e sua vaga ser dada realmente a um 'Pipoca', ou seja, uma pessoa que deveria ser anônima.

Além disso, todo elenco parece repetir os perfis dos participantes que fizeram sucesso de alguma forma, como, por exemplo, o Gil do Vigor.

Após a participação do economista, que foi um sucesso no BBB 21, a cada novo ano a produção tenta encaixar um perfil parecido, como o Vyni do BBB 22 e o Bruno Gaga, que desistiu do programa na edição deste ano. 

Além de que quando abrem as inscrições, a produção do BBB recebe milhares de fichas, e olha, te garanto que eles não olham todos os inscritos, o que causa grande desconforto para quem almeja uma vaga, até porque quem já se candidatou sabe o trabalhão que dá responder as 100 questões e mandar um vídeo que a gente nunca sabe se alguém vai realmente assistir.

Dito isso, o Big Brother Brasil é um programa tão bom, que deveria dar a chance a quem precisa de verdade ter a possibilidade de mostrar quem é e concorrer ao prêmio de mais de R$1,5 milhão.

Pessoas de baixo poder aquisitivo iriam causar muito mais empatia do público. Imagina uma casa cheia de pessoas que enfrentam a realidade do Brasil, todos os dias, trancafiadas em uma casa e brigando por um prêmio milionário?!

Isso, sim, seria entretenimento de verdade. E aí, você se inscreveria para o Big Brother Brasil 24?

Taví Moura | Fala Taví

Taví Moura é antenado no que acontece com os famosos e nas principais polêmicas. Ele revela os bastidores da fama, além das novidades do entretenimento.

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